sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

And a happy new year...

Não se pode negar que o ano novo é uma data emblemática, cativante, inspiradora e digna de vários elogios. Muitas pessoas vêem nela, como se fosse uma janela para outra dimensão, a chance de mudar suas vidas, de ressuscitar o seu "eu interior", de se tornar alguém melhor.
Quem nunca ouviu o ditado: "ano novo, vida nova"?
De fato, defendo piamente a idéia de que devemos todos traçar metas, mirar objetivos, correr atrás de nossos sonhos. Entretanto, não se pode esquecer que o dia primeiro, assim como todos os outros, não passa de um dia comum. Entre as 23h59min do dia 31/12 e as 0h00min do dia 01/01, nada muda. Absolutamente nada!
Ora, exceto pelo feriado nacional, nada muda em nossas vidas pelo simples fato de ter passado mais um ano no calendário feito pelos homens.
Defendo a idéia de que as mudanças tão almejadas na virada do ano, ou as resoluções de ano novo, como diriam alguns, devem ser perseguidas todos os dias. É surpreendentemente incrível o comodismo presente nas pessoas, já que grande parte da população resigna-se com meros desejos...
"Ano que vem vou fazer dieta..." "Ano que vem vou estudar mais..." Ano que vem vou procurar um emprego melhor..." "Ano que vem..." "Ano que vem..."
Alguém me diga: Qual o problema com este ano? Por que temos que esperar o tão sonhado "ano que vem" para começarmos a executar nossos sonhos? O mundo, como todos sabemos, é o aqui e agora. Para que servem os sonhos se não para serem realizados? Chega de meras conjecturas, viver é muito mais do que isso!
Não quero, de maneira alguma, parecer um pessoa pessimista. Muito pelo contrário, adoro o ano novo, bem como gosto das tradições e superstições. Quero, isso sim, incutir a idéia de que todo dia é dia para realizarmos nossas idéias e para tentarmos ser alguém melhor.
O ideal seria que todos os dias 31/12, ao invés de estarmos cheios de desejos postergados, estivéssemos cheios de dúvidas em o que mais desejar, eis que durante o transcurso do ano vigente, nossos maiores sonhos já estivem prazerosamente realizados.
Todos dizem saber viver, mais poucos vivem de verdade. E viver é correr atrás dos sonhos, perseguindo-os incansavelmente, até que esses sonhos se tornem realidade e outros aflorem para a concretização em um futuro próximo.
Carpe diem!
A todos, um abraço e um feliz ano novo!
E "ano que vem", prometo, continuarei escrevendo neste blog, a fim de fomentar ad eternun um de meus grandes sonhos, agora concretizado.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Então é natal...

Enfim, o ano está terminando. As luzes crescem exacerbadamente, multiplicando-se no mar de sacadas. Junto com as luzes, vem a esperança. Esperança de dias melhores, de uma ligação daquele parente distante, daquele abraço deveras desejado.
Em datas especiais, o amor presente nas pessoas parece aflorar, mas é no natal que tal sentimento acaba por se evidenciar de forma inequívoca. Nos sete dias que separam o natal do tão esperado ano novo, as pessoas parecem ser melhores do que realmente são, demonstrando um apego social irreconhecível.
Como num passe de mágica, todos demonstram-se educados, armados de boas intenções e palavras. O mundo, ainda que por uma semana, evidencia-se um ótimo hospedeiro, em que todos contribuem para o crescimento do próximo.
Hipocrisia ou não, a vida de todos melhora, e isso é fato. E isso é bom para todos!
O natal parece trazer mágica, beleza e, acima de tudo, lembranças!
Não as lembranças comuns, mas sim as memoráveis! Lembrança do primeiro presente marcante, dos chocolates, das festas de família... Natal, repito, é mágico.
Existem as pessoas que, justamente em virtude das lembranças, acabam por achar o natal uma data triste, seja pela perda de um ente querido ou de um grande amor. A essas pessoas, digo: Natais melhores virão!
Essa é a diferença entre o natal e as outras datas comemorativas, pois só o natal, com todas as suas peculiaridades intrínsecas, é capaz de recuperar uma família desunida, de resgatar uma amizade adormecida ou, ainda, unir um grande amor um dia perdido, entre outros exemplos.
E para aqueles que, assim como eu, acreditam em tão bela data, desejo um feliz natal!
Um natal cheio de vida, digno de ótimas lembranças num futuro próximo.
Desejo, ainda, na inocência da minha criação positivista, dias melhores a todos! Com a esperança de que algum dia o mundo torne-se um lugar harmonioso e melhor de se viver.
FELIZ NATAL!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Nomes estranhos

Atenção! O Ministério da boa convivência familiar adverte: Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.
Pronto. Você mal acabou de nascer, e já é motivo de piadas nos corredores do hospital. Em questão de segundos - seu pai - a pessoa em quem você mais deveria confiar, assim como um carrasco que conduz sua vítima à morte, sentencia-no com um nome visivelmente absurdo aos olhos de todos os outros mortais.
Após revelar seu nome à oficial de registro civil, com aquele sorriso de satisfação por ter escolhido o nome mais premiado na categoria "originalidade", vem a pergunta clássica e incrédula da cartorária: - Como se soletra isso mesmo?
Não raro, o crime é premeditado, em que por detrás da obra original, revelou-se uma busca incessante pelo nome "perfeito". "Como vamos chamá-lo amor, Guidefrido ou Ferdinando?"
Não podemos esquecer, é claro, dos "livros de nomes..." ah... "os livros de nomes..." como poderiam passar desapercebidos? Estes, diferentemente das armas, não são tão difíceis de conseguir. Para se ter uma arma, necessário se faz, dentre outras coisas, passar por uma avaliação psicológica, já para os livros não, mas por quê??????????????????????
Ora, qual o problema com os nomes comuns? E com os nomes bíblicos? E com qualquer outro que não seja digno de uma piadinha na hora da chamada do colégio?
Todos os dias, milhares de crianças em todo o mundo são premiadas com nomes estranhos, mas qual será o motivo de tamanha falta de sensibilidade? A escolha do nome dos filhos deveria passar pelo crivo da sociedade, ou, ainda, por uma espécie de comissão de ética e bom senso, mas não aquela do senado, é claro.
Acredito que haveria uma drástica redução nesses números se, ao registrar seus filhos, os pais tivessem que se submeter ao teste do bafômetro. Quem sabe algum parlamentar se sensibilize com meu texto e proponha uma emenda à Constituição. Nunca se sabe... Até consigo imaginar: "[...] Art. 1. Sob qualquer hipótese e pretexto, é defeso aos pais, ao registrarem seus filhos, conceder-lhes nomes estranhos de todo o gênero. Parágrafo único: É obrigatório submeter-se ao teste do bafômetro quando do registro do prenome dos filhos, sob pena de prisão civil. Revogam-se todas as disposições em contrário. [...]"
Finalmente, para aqueles que não sabem meu nome, digo:
Kelvim.
- Como? Elvis?
Não, Kelvim.
- Elvio?
Não, kelvim?
- Gelvim?
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
BOA SORTE AOS SEUS FILHOS!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A arte de silenciar

Silêncio...
"Silêncio, por favor!" Com certeza, a frase mais utilizada em hospitais, bibliotecas e lugares do gênero. Mas não é desse silêncio que estou me referindo, mas sim do silêncio voluntário, o "silêncio arte".
Falar muito é fácil. Falar qualquer besteira, mais fácil ainda, porém, saber a hora de silenciar, como diriam os criadores da genial propaganda da Mastercard, não tem preço. Ainda na avenida dos clichês, já dizia o poeta: "o silêncio vale ouro".
Embora aprendamos muito com a conversa, o mesmo vale para o silêncio. Não estou me referindo, é claro, àquele silêncio solitário, em que silenciar faz parte do contexto. Refiro-me ao "silêncio bélico", utilizado em meio a uma discussão voraz.
Imagine um grupo de pessoas discutindo um tema polêmico, em que de uma lado temos um grupo a favor e, de outro, um grupo totalmente contra. À margem da discussão, contrariando aqueles que muito defendem o poder da palavra e o superestimado "dom da oratória", temos uma pessoa calada, apenas atendo-se aos detalhes da conversa e observando, com uma clareza ímpar, as reações e peculiaridades de cada interlocutor envolvido.
Existe, como não poderia ser diferente, preconceito acerca do assunto, já que as pessoas "silenciosas", por vezes, acabam por ser alvo de comentários desagradáveis. Longe de mim querer uma revolta armada com o intuito de que os silenciosos ascendam ao poder, mas tais pessoas merecem ao menos o respeito dos falastrões de plantão.
Nada mais chato do que uma pessoa que fala, fala e fala sem propósito algum, a fim de esconder seus medos ou desviar a atenção de suas carências relativamente chatas para o restante da população.
Saber silenciar é saber aprender. É não ter medo de ir pelo caminho reverso.
Saber silenciar é uma arte, uma dádiva, o caminho do autoconhecimento.
Por favor, silêncio...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Definições do Arfh!

Segundo o dicionário do imaginário de um ser, leia-se um ser maluco, "Arfh" é uma interjeição sem significado aparente. Tal palavra expressa um som inexplicavelmente completo, ausente - pasmem - de maiores comentários.
Para os antigos, entretanto, acaba sempre por revelar um "algo mais". Seu significado, diriam alguns, é digno de um tratado.
Claro que não cabe esgotar tal significado, mas, tão-somente, lembrar da força desta magnífica interjeição, com o intuito de justificar o título deste blog e a freqüência com que utilizo tão belo termo.
Enfim, muitos "arfh's" estão por vir!
Arfh...