No último domingo, dia 21/11, fui ao cinema com minha esposa assistir ao filme tropa de elite 2. O filme é muito bom, porém completamente diferente daquele que eu esperava ver. É mais denso, mais político.
Para quem imagina ver o Capitão Nascimento distribuir as porradas que, de uma maneira um tanto estranha, supriram a vontade do cidadão médio de se vingar da criminalidade e suas respectivas barbáries, esqueça!
Não estou falando mal do filme. Pelo contrário, ele foi muito bem escrito e dirigido. Trata-se de um filme inteligente, no melhor estilo norte-americano de se fazer suspenses policiais.
Logo que saí da sala de cinema, senti-me satisfeito com o filme que me propunha a assistir. Contudo, após refletir um pouco, percebi o quão nós cidadão brasileiros somos ingênuos.
A CPI realizada no final do filme, que acabou culminando na prisão de algumas pessoas, é quase uma falácia. Todos nós sabemos qual o resultado final de uma comissão parlamentar de inquérito realizada no Brasil. Embora mude o sabor, o cardápio é sempre pizza.
Por outro lado, a cena em que o deputado corrupto é questionado por dirigir a comissão de ética traduz de forma inigualável a realidade política brasileira. Tal passagem merece uma salva de palmas.
O problema do filme, ao meu ver, é a abordagem demasiadamente política. Afinal, não preciso ir ao cinema para ver os membros do legislativo e do executivo valerem-se de seus cargos para enriquecerem de forma ilícita. Para tanto, basta ligarmos a televisão no noticiário das 20h...
Podemos concluir, portanto, que diferente da classificação atribuída ao filme, este não pertence ao gênero ficção; pertence à categoria realidade. Uma merd@ de realidade!
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