segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Na contramão da evolução...


Às vezes eu me pergunto o que será que leva o ser humano a praticar atos tão violentos.

Sábado, em Porto Alegre (minha cidade natal), um grupo de pessoas fazia uma passeata pelo centro da cidade com o intuito de incentivar o uso da bicicleta. Uma maneira eficaz de diminuir a poluição e o trânsito  caótico da cidade (assista ao vídeo acima).

Tudo transcorria bem, até que um maluco resolveu atropelar diversos ciclistas. Parecia um jogo de boliche, só que os pinos eram pessoas. No total, 12 delas saíram feridas. 

Porra! O que faz um ser humano praticar tal atrocidade? Qual é o problema deste cidadão?

Será que sua pressa era tão grande assim, a ponto de precisar atropelar os ciclistas?

Estou curioso para ver qual a desculpa que ele irá inventar. Será que vai atribuir a culpa aos remédios para depressão ou vai ter a cara de pau de dizer que o pé prendeu no acelerador do veículo? Juro que estou muito curioso para ler seu depoimento.

Definitivamente, existem pessoas que andam na contramão da evolução. Não podemos aceitar uma barbaridade dessas...

Não bastasse o atropelador ter feito o que fez, ainda evadiu-se do local sem prestar qualquer tipo de socorro. Após, retirou as placas do carro, abandonou seu veículo e procurou um advogado.

Não sei vocês, mas este homem me pareceu bastante frio em suas atitudes. O próprio ato de retirar as placas do veículo demonstra o quão mal intencionado estava. Sorte a nossa que existe uma coisa chamada "chassi".

São essas atitudes nem tão isoladas assim que me fazem perder a fé no ser humano. Enquanto tivermos pessoas capazes de atentar contra a vida do próximo, viveremos sempre com medo.

Um simples passeio de bicicleta virou um legítimo pesadelo... Que disparate! 

Quem será próximo a ser atropelado? O próximo a levar uma bala perdida? A bater de frente em um caminhão ultrapassando em local proibido?

Espero que não sejamos nós... 

Nota rápida sobre o livro


Continuo na luta para divulgar meu livro. Tenho que lhes dizer que é bastante cansativa esta rotina de divulgar, divulgar e divulgar.

Se tivesse o capital necessário, trataria de fazer propagandas incessantes no intervalo da novela dos oito. Se os cantores de "sertanejo universitário" conseguem fazer sucesso, eu também conseguiria...

Infelizmente, o povão é movido pelo que a mídia lhes impõe. Mas, como não é o caso, vou fazendo publicidade à minha maneira.

Não preciso dizer que conto com a ajuda dos amigos e conhecidos para divulgar o livro. Afinal, toda e qualquer publicidade será sempre bem-vinda...

Em breve, mais notícias sobre o livro Segunda Dose.

Abraços! 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Essa subjetividade que nos é inerente...



Estava olhando pela janela a chuva que caía lá fora. O suficiente para que me lembrasse da música "Me chama", do Lobão.

Para quem não conhece (algum alienígena, talvez), a música começa assim:

"Chove lá fora
E aqui tá tanto frio

Me dá vontade de saber.."

Enfim... Ao lembrar-me da excelente música do Lobão, lembrei-me também do subjetivismo que nos é inerente.

A banda Chimarruts (é assim que se escreve?), por exemplo, também tem uma música sobre chuva, cuja primeira estrofe reza:

"Deixa chover, deixa
A água lágrima divina vai purificar
Deixa chover, deixa
Semente que cair na terra já pode brotar"
Percebem a substancial diferença entre as duas letras? Claro... Até mesmo uma criança seria capaz de fazer tal distinção...

Minha intenção não é comparar as músicas (até porque Lobão é infinitamente melhor), mas sim mostrar o quão nós somos subjetivos.

Acho realmente impressionante esta capacidade do ser humano de expressar ideias opostas. Duas cabeças, duas sentenças.

Se alguém elaborasse um roteiro para um livro, com todas as reviravoltas e desfechos possíveis, a fim de que vários escritores o escrevessem, teríamos obras totalmente diferentes.

Por mais que nossas influências e educação sejam parecidas, sempre seremos uns diferentes dos outros. Sempre!

Gostaria de saber o que se passava na cabeça de um grande músico ou de um mestre da pintura. A forma como enxergavam o mundo...

Se bem que suas obras eram manifestações de suas mentes. O modo que encontraram para extravasar seus pensamentos tresloucados e, ao mesmo tempo, geniais.

Claro que ser objetivo é bom, mas o subjetivismo é muito importante para a coletividade.
Muito importante...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Esperar pelos outros


Levante o braço quem já esperou por alguém. Ou quem deixou alguém esperando.

Afinal, o que faz uma pessoa deixar outra esperando?

Particularmente, detesto esperar pelo boa vontade do próximo. Acredito que não haja nada pior do que ficar de mãos atadas enquanto as coisas acontecem à nossa volta.

Quando dependemos apenas de nós mesmos, a história é bem diferente. Basta nossa força de vontade se manifestar para sairmos da inércia. Neste prisma, mostramo-nos o exato resultado daquilo que produzimos.

Não raro, até mesmo coisas simples nos tiram do sério. Um e-mail que não chega, um amigo que passa na sua casa uma hora depois do combinado, o salário que atrasa um dia, etc.

Nós, homens modernos, dependemos do tempo. Somos verdadeiros reféns das 24 horas diárias que temos ao nosso dispor. Por isso mesmo, não podemos nos dar ao luxo de esperar pelos outros. 

Enquanto escrevo este texto, o tempo corre de maneira sorrateira. Sem alarde, os segundos vão ficando para trás, assim como os minutos, horas, dias, etc.

Caso somássemos o tempo despendido na espera pelos outros, chegaríamos à inevitável conclusão de que perdemos muitos dias, talvez meses.

Precisamos viver todos os segundos com inteligência. Utilizar o tempo de espera para fazermos outra coisa, ainda que menos importante.

Claro que desperdiço meu tempo com bobagens, assim como todo ser humano. No entanto, sempre procurei não desperdiçar o tempo alheio. 

O "nosso tempo é nosso"; o dos outros não.

Na verdade, essa questão remete-nos mais uma vez à falta de educação. Se educados fôssemos, jamais deixaríamos alguém esperando.

Jamais!

Primeiro e segundo capítulos do livro Segunda Dose...

Capítulo I


A garrafa de vinho vazia ao seu lado era deveras esclarecedora. O indicador maior da turbulência pela qual Renato estava passando. Por mais que tentasse, jamais conseguiria descrever o misto de sentimentos que o envolviam, e isso era só o começo.
Ainda atordoado pela grande quantidade de vinho ingerida na noite anterior, Renato levantou-se da cama em meio a lágrimas. Chorou com vontade, com toda a dor que lhe era permitida naquele momento. Sua vida já não fazia mais sentido, assim como tudo e todos que o cercavam.
Eram, aproximadamente, 9 horas da manhã de uma terça-feira. Renato, agora, estava em pé, em cima do parapeito da cobertura de seu prédio. A essa altura, ainda embriagado e atônito, já não se importava mais com sua vida social, seu trabalho e com as obrigações cotidianas inerentes a todo e qualquer homem, pensava apenas em se livrar da forte dor que habitava seu peito. A morte flertou com Renato, e ele sorriu.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Essa noite não!



Foto: skyscrapercity.com


- Essa noite não! - gritou Andréia!

- O que você disse? - perguntou Rafael.

- Lembra da música do Lobão? - insistiu a esposa.

- PORRA, ANDRÉIA! Eu tentando me matar e você vem me falar do Lobão!!

Andréia, esposa de Rafael, respirou fundo. Mesmo cansada de tentar demover o marido da tola ideia de cometer suicídio, cantou para ele:

- "Mas não tente se matar, pelo menos essa noite não... Essa noite não..." Lembra agora?

Rafael não acreditava naquilo que seus ouvidos estavam escutando. O apelo da esposa soava-lhe quase como insulto, um aditivo para a morte.

- Você sabe que não gosto de Lobão... - disse Rafael, enfim.

- Mas eu amo! E você sabe muito bem disso!

O casal tinha suas fixações musicais. Ele era fã enlouquecido de Raul Seixas. Ela, do Lobão. Parecia bobagem, mas era praticamente o único motivo pelo qual brigavam.

- Você quer que eu cante Raul, então? - voltou a perguntar-lhe a esposa.

- Vocês sabe que eu prefiro Raul, mas...

- "TENTE OUTRA VEZ..." - cantou Andréia, interrompendo-lhe. 

- Porra, Andréia! Só pode estar de sacanagem! Daqui a pouco vai começar a contar aquela história do cara que ia se matar mas desistiu porque estava tocando essa música no rádio...

Andréia olhou estupefata para o marido. - Como você sabe?

- É por essas e outras que decidi me matar! Não aguento mais essas suas frivolidades...

- Proponho fazermos um trato! - arriscou a esposa.

- Que tipo de trato? - indagou-lhe Rafael.

- Seguinte... Chamei os bombeiros enquanto você se dependurava nesse parapeito. Eles devem estar chegando a qualquer momento...

- Não acredito, Andréia! Vou pular agora!

- NÃO! Espere! Escute-me primeiro, por favor.

- Está bem... Está bem... Prossiga!

- Quando o primeiro bombeiro entrar, vou perguntar para ele se gosta de Raul. Se a resposta for positiva, você desce desse parapeito e desiste de vez dessa ideia idiota de se matar...

- E por que cargas d'água eu concordaria com isso?

- Vamos lá, Rafa. Dê uma chance para o destino. Quem sabe o Rock o salva...

- O.k. Mas tenho certeza que irei pular dessa janela. Certeza!

Alguns minutos mais tarde, viram pela janela o carro dos bombeiros estacionar em frente ao prédio. Em 
seguida, alguém bateu à porta. Era o soldado da corporação incumbido de salvar Rafael.

- Entre! - gritou Andréia.

Assim que o bombeiro entrou no apartamento, Andréia e Rafael se olharam. Não acreditaram na longa franja que o soldado ostentava. Uma franja enorme, que descia quase até a altura do queixo.

Sem titubear, a própria Andréia empurrou o marido pela janela. Sabia que não havia chance alguma daquele bombeiro gostar de Raul Seixas.

- VOCÊ ESTÁ LOUCA? - gritou o soldado.

- Não... Não... É uma longa história... - respondeu ela.

Quando o bombeiro virou-se para a porta com o intuito de notificar seus colegas sobre o ocorrido, Andréia perguntou-lhe:

- Só por curiosidade... Você gosta de Raul Seixas?

- Raul?

- Sim... Gosta?

- Claro! Mas ainda prefiro o Lobão! - confessou o soldado enquanto apontava o dedo para um quadro do artista pendurado na parede da sala.

- EU DISSE QUE LOBÃO ERA MELHOR! - gritou Andréia da Janela, na direção do que havia sobrado do corpo de seu marido. - EU DISSE!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sempre em frente!

Confesso que ando muito feliz com meu blog!

Desde que mudei o seu nome (clique aqui para ler a explicação), reparei que o número de acessos cresce progressivamente.

Há poucos meses, o site tinha em média trinta e poucos acessos diários. Hoje, contudo, este número se aproxima de cento e vinte.

Pode parecer pouco, mas para mim já é bastante coisa.

Embora faça pouco tempo que mudei o nome e o domínio do blog, já estou sentindo os benefícios de tal mudança.

Outro dia mesmo alguém aqui da minha cidade me perguntou qual o endereço do meu blog, momento em que respondi com um sorriso estampado no rosto:

- www.segundadose.com!

Antes, precisava soletrar ao menos umas duas vezes... De complicado, já basta o meu nome.

Enfim, vejo dias cada vez melhores para o site SegundaDose.com

Dica de livro!


Gostaria de indicar um livro para os leitores do blog!

Não é o meu livro (Segunda Dose), embora ele seja interessante... rsrs! 

Trata-se do livro Garotos Incríveis (Wonder Boys), escrito por Michael Chabon.

Com uma narrativa simplesmente incrível, o autor prende a atenção do leitor da primeira à última página.

Sem dúvida, meu livro favorito.

Leia a sinopse do livro:

"Grady Tripp, um escritor de meia-idade, vive da fama conquistada na juventude, quando seus primeiros livros o consagraram como o enfant terrible da literatura americana. Mas, nos últimos sete anos, ele nada lançou. Vive preso a um grande romance- Wonder boys- de quase três mil páginas que não consegue terminar e sobrevive dando aulas em uma universidade. Entre seus alunos, destaca-se James Leer, um jovem escritor obcecado com os suicídios de Hollywood, que pratica pequenos furtos. Durante um fim de semana, entre um baseado e outro e novas páginas do livro interminável, ele vive uma verdadeira odisséia de desencontros pelas ruas, bares e arredores de Pittsburgh. Em apenas dois dias, Tripp, um herói divertido e pouco ortodoxo, consegue destruir dois casamentos, provoca a morte de uma cobra e de um cachorro, salva a vida de um aluno, vai a um caótico encontro de escritores e, pior de tudo, consegue perder as centenas de páginas de seu manuscrito. Durante essa viagem, acompanhado de Terry Crabtree, editor sexualmente ambicioso de Grady, e outra de suas alunas, Hanna Green, Tripp procura desesperadamente um final para o romance que o assombra há anos e faz uma crítica ácida e bem-humorada ao mercado editorial americano, repleto de escritores de muito sucesso e apenas um livro". 

Enfim, recomendo!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O dia em que "desprezei" Humberto Gessinger


Tudo ocorreu mais ou menos assim...

Eu e meus amigos resolvemos lotar um ônibus para irmos ao show do Engenheiros do Havaí, que seria realizado em Criciúma/SC, cidade localizada a 45km de distância de Lauro Muller (onde eu moro).

Tudo pronto, partimos eufóricos rumo ao ginásio de esportes da cidade, local reservado para a apresentação da banda.

À época, eu não gostava tanto assim de Engenheiros do Havaí. Talvez tenha sido justamente este meu maior erro.

Dois amigos que me acompanhavam - Jonhn e Marco - estavam quase entrando em transe com a possibilidade de ficar cara a cara com o grande ídolo. Estavam dispostos a fazer qualquer coisa para pegarem um (simples) autógrafo.

Iniciado o show, tudo transcorria bem. A atmosfera estava incrível, as músicas perfeitamente executadas e o público cantava como nunca.

Se não me falha a memória, duas músicas antes de terminar o concerto, meus amigos correram para os fundos do ginásio para tentar encontrar Humberto Gessinger. Queriam a todo custo vê-lo de perto!

Como não estava disposto a me esgueirar em busca de um autógrafo, já que não era tão fã assim à época, fiquei escorado ao lado do palco com uma lata de pepsi (não tinha coca-cola) em punhos.

Alguns minutos mais tarde, já com o show devidamente encerrado, um grupo com quatro jovens começou a implorar para os seguranças que os deixassem entrar no camarim da banda. Imploravam como crianças em busca de um brinquedo novo. Até eu fiquei com pena das criaturas...

Antes disso, vários outros jovens haviam tentado entrar no camarim, porém quase nenhum deles obteve êxito.

Os seguranças, comovidos com o apelo, abriram uma exceção (só deixavam entrar mulheres) e permitiram a entrada dos garotos, os quais entraram mais felizes do que nunca.

Ainda com o portão de acesso aberto, o segurança olhou para mim bem sério e perguntou:

- Quer entrar também?

Lembro de ter olhado para aquele gigante de terno e pensado "será que ele está falando comigo?"

Então, para surpresa do gentil segurança, respondi sem titubear:

- Não, obrigado.

Os seguranças se olharam por alguns segundos. Meu comportamento nada convencional deve ter lhes chamado a atenção.

Uma hora depois, aproximadamente, meus amigos voltaram dos fundos do ginásio sorridentes. Traziam consigo autógrafos do baterista e do guitarrista. Cumpre lembrar que estes não eram os mesmos membros da formação original...

Na hora, achei melhor não lhes contar o convite que havia recebido dos seguranças. Imaginei que eles ficariam bravos com minha atitude. Imaginei certo...

Um mês depois, eu acho, contei-lhes sobre o ocorrido. Confesso que pensei que eles fossem me bater. Podia ver a raiva que havia em seus olhares. Se tivesse contado no dia, sei não...

Atualmente, sou um grande fã do Humberto Gessinger. Engenheiros do Havaí, aliás, é uma das minhas bandas favoritas! Gosto muito de todas as suas músicas...

Há dois dias, comprei o livro "Mapas do Acaso", o qual virá com dois marcadores de página autografados pelo mesmo Humberto Gessinger.

É um tanto absurdo o que vou falar agora, mas a verdade é que comprei o livro basicamente por conta dos marcadores autografados...

Sou ou não um idiota?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Metralhadora de palavras!


Foto: cotidiano-urbano.blogspot.com

Não sei vocês, caros amigos. Mas eu escrevo por amor.

Amor pela arte de escrever. Amor por esta ciência tão bem elaborada no transcurso dos séculos.

Imagino que quando nossos antepassados pintaram os primeiros desenhos nas paredes das cavernas, não imaginavam o quão a escrita se faria presente em nossos dias.

As outras mídias que me perdoem, mas a verdade é que sem a escrita não somos nada. Absolutamente nada!

Nós homens modernos somos movidos por conhecimento. E todos nós sabemos que não existe melhor forma de repassar conhecimento do que escrevendo.

O que seria da matemática, biologia, medicina e várias outras ciências se não fossem os livros?

No entanto, muito mais do que arquivar conhecimentos técnicos, escrever funciona como uma terapia. Uma forma interessante de extravasar sentimentos.

Ademais, mostra-se uma maneira deveras interessante de exercitar o cérebro. Afinal, elaborar um texto com excelência demanda determinação e imaginação.

Ouso dizer que fomos concebidos para escrever. Somos, em nossa imensa capacidade de criação, uma metralhadora pronta para desferir 1.000 palavras por segundo.

Tenho a impressão que todos os textos que escrevo já estavam prontos desde o meu nascimento. É como se bastasse apertar o botão print e esperar pela impressão.

Escrever = necessidade!

Enfim, apenas gostaria de compartilhar meu apreço pela arte de escrever...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sexta-feira...


Foto: pensandoaleatorio.blogspot.com

Fato: sexta-feira é um dia mágico.

Mesmo tendo que trabalhar na sexta, assim como a maioria dos cidadãos, este é sem dúvida o meu dia favorito.

Ironicamente, é o quinto dia da semana; não o sexto, como o próprio nome sugere. Lógico que deve haver uma explicação razoável para isso, mas ninguém discorda que é (no mínimo) engraçado.

O último dia útil da semana é o dia em que as coisas acontecem. Talvez o motivo pelo qual seja o favorito de muita gente. MUITA GENTE (com caixa alta mesmo)!

Não nego que o sábado tem o seu charme, mas ainda prefiro o dia anterior e o seu vasto campo de possibilidades.

Na sexta, diferentemente dos outros dias, as pessoas estão sedentas pela rua. Estão injetadas de ânimo para ganhar a noite e suas benesses, na tentativa de esquecer a rotina enlouquecedora a que estamos diariamente submetidos

Como já escrevi aqui outro dia (clique aqui para acessar o texto), às vezes, a própria espera por um acontecimento é muito mais gratificante do que o evento em si.

Neste dia em particular, o fim de semana está recém começando, o que nos faz concluir que tudo pode acontecer nos próximos dois dias, mesmo que terminemos em frente à televisão e sua programação desoladora.

Entendem o que estou querendo dizer?

São as possibilidades que tornam este dia tão especial. Tão diferente dos outros seis.

Os dias de descanso, na verdade, são apenas uma desculpa. O que nós trabalhadores queremos é aproveitar a vida com intensidade. E nada melhor do que dias livres para fazermos aquilo que bem entendemos.

Na condição de seres finitos, cabe-nos apenas esperar que ainda tenhamos muitas sextas-feiras no decorrer desta vida.

E lembre-se: esta sexta está sendo debitada do total que você ainda tem para gozar. Portanto, não a desperdice com bobagens...

De dias normais já nos basta os outros seis...

Dúvidas de um blogueiro


A vida sempre nos surpreende. Não existe verdade mais certa do que esta.

Quando escrevi o último texto (reféns da comida), imaginei que ele seria um sucesso. Achei que muitas pessoas se identificariam com o seu conteúdo. No entanto, até o momento, apenas uma pessoa o comentou.

Não que comentários sejam a coisa mais importante do mundo, até porque tem gente que não possui o hábito de comentar blogs, mas tal prática funciona como uma espécie de termômetro.

Além do mais, no dia em que publiquei o texto, o número de acessos foi inferior à média. Bem inferior, para ser mais exato.

Não preciso dizer, por óbvio, que tal fato me deixou intrigado. Será que o texto estava tão ruim assim? 

Tenho reparado que quando um texto agrada aos leitores, o sucesso é imediato. É só postá-lo para aparecerem comentários, ainda que estes não sejam muitos.

Não é a primeira vez que ocorre isso. Já escrevi outros textos cujos resultados não superaram as expectativas. E foi justamente por isso que resolvi escrever este texto.

Imagino que muitos blogueiros devem ter passado por situação parecida. Portanto, julgo imprescindível conjecturar a respeito.

Muitas indagações passam pela minha cabeça...

Será que não sei distinguir a real capacidade de um post? Saber se um texto tem ou não potencial?

Ou será apenas um dia ruim?

De qualquer forma, persiste a dúvida.

Preciso rever alguns conceitos bem rápido... Bem rápido...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Reféns da comida!


Foto: curiofisica.com.br


Maldição, por que comer é tão bom?

Como eu gostaria de ser uma dessas pessoas que se alimenta apenas para não morrer... Que enxerga a comida como comida! Entende?

Não raro, sinto-me dominado por este ser calórico que é a comida. Uma verdadeira tragédia!

Antigamente, comida era algo bom para a saúde. Você se alimentava de qualquer coisa e vivia bem.

Nossos antepassados, por exemplo, comiam bastante gordura animal, carboidrato, etc. Tudo, é claro, acompanhado de um bom cálice de vinho.

Hoje, não! A comida fabricada atualmente é a grande vilã do nosso tempo! A maldade disfarçada em belos pacotes coloridos e apetitosos.

Por que, afinal, inventaram essa substância malévola chamada gordura transgênica (trans para os íntimos)? 

Hoje em dia, para alimentar-se de forma saudável, precisamos ler todos os pacotes que compramos no supermercado. Uma maratona que cansa o consumidor médio.

Poucos sabem, mas essa bendita gordura - fabricada em laboratório - não é corretamente processada pelo corpo humano, diferentemente da animal e da vegetal. Logo, nosso corpo sempre perderá a batalha.

Não sei se vocês já repararam, mas é cada vez mais comum vermos pessoas com sobrepeso. Culpa, é claro, dessa gama de substâncias e hormônios lançados na comida vendida no mercado mais próximo.

A questão é tão grave, mas tão grave, que para você comer uma fruta ou legume saudável (leia-se sem agrotóxico), precisa pagar mais por isso. Só eu acho isso um absurdo?

O fato é que somos verdadeiros reféns da indústria de alimentos! Enquanto os donos dessas empresas enriquecem com suas comidas cada vez mais apetitosas/venenosas, sentimos no corpo os efeitos indesejados de uma péssima alimentação.

Tenho a impressão, inclusive, que aquela dose de exercícios físicos já não é suficiente para queimar as calorias adquiridas no decorrer do dia. É aquela velha história, estamos sempre correndo atrás do prejuízo, ainda que este seja fabricado em laboratório.

Cumpre-me perguntar: podemos nos alimentar de forma saudável em meio a tantas tentações? 

Sim, podemos. Mas será que conseguimos?

Enquanto você pensa na resposta, vou até a cozinha comer um Ruffles de churrasco. 

Como eu disse, essa gordura trans é mesmo uma desgraça. Uma desgraça de tão irresistível...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Primeira resenha do livro Segunda Dose



Já leu a primeira resenha do livro Segunda Dose?


A resenha foi elaborada pela Thaís, do site Viaje na Leitura!

Ela definiu o livro como "um romance contemporâneo, que irá envolver o leitor da primeira à última página...".

Disse, ainda, que Segunda Dose é "um livro encantador e incrível, que além de nos envolver muito, nos ensina que o mundo dá voltas, as encruzilhadas da vida também, e certos fatos tem de acontecer para que enxerguemos o que não víamos e estava bem debaixo de nossos olhos, perder para ganhar, sofrer para amar. Recomendadíssimo!".

Para ler a resenha na íntegra, clique aqui.

Não esqueça de deixar seu comentário!

Abraço a todos!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Brasil: um país repleto de pessoas mal educadas


Foto: kansasclube.com.br

Dias atrás, ouvi alguém dizer que a educação de um país se mede pelo número de animais mortos encontrados na beira da estrada.

Logo, cheguei à conclusão de que não somos nada educados. Nada mesmo.

Hoje mesmo, quando vinha da praia, contei pelo menos uns dez animais mortos no transcurso de pouco mais de 60 Km. 

Meu Deus! Como nunca tinha reparado nisso? Faz todo sentido do mundo utilizar esse parâmetro para medir a educação de uma nação.

Dizem que na Europa, ao contrário do Brasil, os acostamentos das estradas estão sempre limpos. Lá, se algum animal invade a pista de rolagem, o motorista o espera passar com paciência. São ou não seres razoáveis?

Outro dia mesmo, li em algum blog um suposto relato de uma holandesa. Dizia esta que o brasileiro é um povo mal agradecido; um povo com mania de reclamação. 

Ela argumenta, entre outras coisas, que problemas sociais não são exclusividade do Brasil, já que países europeus também os têm.

Em seguida, com uma paixão inerente a todo e qualquer estrangeiro, elenca diversas qualidades do Brasil. Rasga-se em elogios à terra do futebol, do samba e das praias maravilhosas...

Oras, ninguém disse que o Brasil carece de qualidades. Temos sim inúmeras coisas das quais nos orgulhar, mas temos inúmeras outras das quais nos envergonhar. I-N-Ú-M-E-R-A-S!

Corrijam-me se estiver errado, mas os problemas sociais dos países europeus com certeza não devem chegar aos pés dos nossos. Certo?

Infelizmente, moramos em um país de pessoas mal educadas, de corruptos, de ladrões. Em um país que doa R$ 3 milhões para escolas de samba que pegaram fogo, enquanto vítimas de deslizamentos dormem em abrigos imundos.

No Brasil, a polícia investiga a própria polícia; a educação pública é uma verdadeira piada sem graça; e a saúde é sinônimo de filas quilométricas.

Em nossa gloriosa pátria, alguns pais (monstros) amarram crianças recém-nascidas dentro de sacos plásticos e depois as jogam no rio; jovens matam uns aos outros por tolices; assaltos quase sempre terminam em tragédia; etc.

Não somos o país da pizza. Somos a própria pizza!   

Alguém deveria avisar essa senhora holandesa que não vivemos só de caipirinha, carnaval e calor humano. Precisamos que nossas necessidades sejam atendidas o ano todo, e não só em um feriado prolongado.

Confesso que estava reticente quanto a escrever este texto, mas não consigo quedar-me inerte diante de tamanhas injustiças. Sinto uma necessidade tremenda de expressar minha opinião, ainda que ela não valha muita coisa.

O brasileiro precisa repensar seus valores o mais rápido possível. Do contrário, soaremos sempre como uma coletânea de insucessos.

Precisamos investir em educação. Ponto final.

Se alguém souber de outra saída para deixarmos de ser tão mal educados, por favor, avise-me!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Preconceito tem cura?



Comecei a escrever este texto na antessala de um consultório médico de infectologia.

A primeira coisa que pensei quando entrei foi: não respire muito. Em hipótese alguma, respire muito.

Passou-me pela cabeça que numa clínica de infectologia deve haver muitos infectados. Como não quero ser infectado por coisa alguma, fiquei preocupado.

Olhei para os lados e vi semblantes com preocupações parecidas. Para eles, talvez era eu o infectado. O incubador.

Então, resolvi entrar na dança e fazer cara de doente. Foi muita crueldade da minha parte, admito. Mas não resisti. Tirar sarro é quase um hobby.

Fui ao consultório acompanhar minha esposa, a qual queria apenas curar um simples problema na unha.

Pensei que se eu estivesse infectado com algo grave, o tom seria outro. Menos graça, mais desgraça.

Só então percebi que os infectados somos nós e não os outros.

Infectados com o pior dos defeitos: o preconceito.

Será que tem cura?


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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Férias são assim mesmo...


Foto: blog.consultoriadomestica.com.br

Para quem não sabe, estou de férias desde o dia 07/02.

Estava pensando no que escrever e concluí: por que não falar sobre as férias?

As férias e suas regalias. Simples assim.

Sabe, não sou muito adepto a sonecas vespertinas. Acho puro desperdício de tempo dormir em plena luz do dia. Aliás, sequer o faço direito à noite. Sou do tipo que não gosta muito de dormir.

Mas hoje, particularmente, resolvi tirar um cochilo por volta das 17h. Foi bem interessante!

Logo que acordei, no entanto, senti-me um vadio. Um legítimo curtido, por assim dizer.

- Será que existem outras pessoas que dormem a essa hora do dia? - indaguei-me em pensamento.

Minha preocupação perdeu sentido logo que lembrei que estava de férias. Por que isso acontece? Alguém sabe me dizer o motivo?

A impressão que tenho é que gozamos de uma espécie de salvo-conduto quando estamos de férias. É como se tivéssemos licença para fazermos coisas totalmente desprovidas de sentido sem ao menos sentir culpa.

Estão entendendo aonde estou querendo chegar?

Os americanos costumam valer-se desse expediente quando vão para Vegas. É muito comum assistirmos filmes em que os personagens gozam a vida em sua plenitude quando estão na cidade dos cassinos. Existe até um bordão: "o que acontece em Vegas, fica em Vegas".

É normal sentirmos necessidade de sair da rotina. Precisamos desopilar a mente, como diria meu amigo dicionário.

Alguns procuram pular de paraquedas, fazer rapel, viajar para a China, comer insetos vivos. Enfim, viver uma vida diferente neste curto interregno de tempo que são os 30 dias que nós simples mortais fazemos jus uma vez por ano.

Sob essa ótica, parece-me que não estou gozando minhas férias da maneira adequada. Desde o dia 07/02, a única coisa que fiz foi escrever, beber algumas cervejas e dormir a soneca de hoje à tarde...

Parece pouco, é verdade, mas acreditem ou não, só de lembrar que tenho mais 21 dias para escrever, beber outras cervejas e tirar (quem sabe) mais uma ou duas sonecas, fico deveras feliz.

Férias são assim mesmo... Fazemos loucuras!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Correndo atrás!



Foto: beer-rock-fest.blogspot.com


E se não possuíssemos sonhos? Anseios ou desejos?

Dizem que nem sempre é bom sonhar acordado... Em suma, almejar menos e fazer mais.

Particularmente, acredito que tudo depende de equilíbrio.

O "sonhar" é sim muito importante, já que faz com que sigamos em frente.

Traz-nos a perspectiva de dias melhores... De dias mágicos, nunca antes vivenciados.

Diria que sonhar é imprescindível. Porém (sempre existe um porém), precisamos positivar nossos sonhos.

É deveras comum que não consigamos pôr em prática tudo aquilo que desejamos. Resta-nos, portanto, tentar com todas as forças possíveis.

Pecar por omissão é um dos maiores erros que uma pessoa pode cometer.

Sei que todos estão cansados de saber essas coisas... Mas por que mesmo assim é tão comum vermos pessoas muito sonhadoras e pouco esforçadas?

Simples. Levar a vida na rotina ad eternum sempre será o caminho mais fácil, porquanto toda mudança requer determinada dose de esforço.

Humberto Gessinger tratou o assunto com propriedade na música "Outras frequencias":

"Seria mais fácil fazer como todo mundo faz,
sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás.
Seria mais fácil, como todo mundo faz.
O milésimo gol sentado na mesa de um bar"

Eu não quero fazer meu milésimo gol sentado junto à mesa de um bar.

Quero, pelo contrário, fazê-lo de bicicleta em um estádio lotado. Se possível, aos 46 minutos do segundo tempo.

E você, como quer marcar o seu?

Resenha do livro Segunda Dose!

Já leram a resenha do livro Segunda Dose publicada pelo site cksbooks.com?

Ellen, gestora do site, fez uma resenha incrível do livro!

Além de analisar o conteúdo global da obra, ainda deu palpites divertidos sobre os personagens...

"Devo dizer que a leitura se torna tão real, que eu cheguei a me imaginar na situação que temos nele. Eu até tentei “julgar” a situação com “bons” olhos, mas “vemos” coisas tão realistas que eu não me contive e fiquei com raiva em alguns momentos, da mesma forma que tive que rir muito em outros".

Sem dúvida, sua forma de compreender o livro foi bastante peculiar e interessante.

Confesso que fiquei bastante feliz com o resultado!

Clique em http://cksbooks.com/resenha-segunda-dose/ e confira na íntegra a resenha. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Onde eu estava com a cabeça?


Foto: resgatar.blogspot.com

- Então é isso? - perguntou José.

- Sim, meu filho - respondeu o porteiro do céu. - Infelizmente, é isso mesmo.

- Deixe-me ver se entendi... Estou há dois dias na fila para entrar no céu e o senhor está me dizendo que eu peguei a fila errada. É isso mesmo?

O porteiro do céu estampou um sorriso angelical no rosto. Em seguida, respondeu:

- Perdoe-me filho, mas consta no sistema que você deveria ter se dirigido ao limbo.

- Então vocês têm um sistema? - voltou a perguntar José, de forma visivelmente irônica.

- Exatamente. Mas parece que tivemos uma falha operacional.

- E o limbo? - aventou José.

- O que tem ele?

- Ele não havia sido extinto por decreto papal?

Sem titubear, o porteiro soltou uma gargalhada.

- Gabriel! - gritou o porteiro. - Venha aqui! Que lhe mostrar uma coisa...

- O que foi, irmão? - indagou Gabriel, o anjo.

Ainda com um sorriso incontido, o porteiro ordenou a José:

- Repita a pergunta!

José fico desconfiado. Achou que estavam rindo da sua cara. Mas, como não tinha nada a perder a não ser a alma, resolveu ariscar:

- O limbo não foi extinto por decreto papal?

Mais uma vez o porteiro caiu na gargalhada. Desta vez, contudo, seguido por Gabriel e pelos outros anjos que se amontoavam sobre a entrada do céu. Aquele postulante a uma vaga no paraíso era um verdadeiro fanfarrão.

- C-H-E-G-A! - gritou José!

O grito de José ressoou sobre o céu e ganhou a terra sob a forma de trovão. Todas as 37.000 pessoas que aguardavam na fila calaram-se, assim como o porteiro e os anjos.

- Eu quero falar com o seu supervisor agora mesmo! - disse José. - Agora mesmo!

- Veja bem, senhor... Não procedemos desta forma aqui no céu, já que...

- Não quero saber - interrompeu-lhe José. - Eu quero falar com o seu supervisor!

- Que assim seja... - disse o porteiro, antes de abrir os portões do céu e fazer um gesto para que José entrasse.

Com o peito estufado, José adentrou no paraíso.

Logo viu uma placa informando que a diretoria estava localizada à esquerda. Resolveu ir até lá.

Já na entrada, viu uma porta entreaberta. No fundo da sala, sentado junto a uma mesa repleta de folhas e carimbos, havia um homem barbudo. Era a exata imagem de Deus.

- Só pode ser ele... - ponderou.

- O que você quer, meu filho? - perguntou-lhe o homem barbudo.

- Deus, é você?

- Sim, meu filho, sou eu mesmo. O que você quer, afinal?

- Eu quero uma vaga no paraíso. Nada mais! - disparou.

Deus olhou sério para seu filho. Em seguida, coçou sua longa barba branca e disse:

- Vou lhe fazer uma pergunta bem simples. Mas advirto-lhe que seu futuro depende dela.

- Ótimo! Pode perguntar!

- Quando vivo, qual era a sua banda favorita? - perguntou-lhe Deus, enfim.

- Calypso - respondeu José. - Por quê?

Deus, então, apertou um botão vermelho que havia embaixo de sua mesa e um alçapão abriu-se sob os pés de José, fazendo com que este escorregasse diretamente para o inferno.

- Onde eu estava com a cabeça quando inventei o livre-arbítrio? - perguntou-se Deus em voz alta.
- Onde eu estava com a cabeça...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Filme dublado = lixo!


Foto: dialogosuniversitarios.com.br

Perdoem-me pelo radicalismo, mas não suporto assistir a filmes dublados.

Invariavelmente, as dublagens feitas no Brasil possuem uma qualidade péssima. É impossível assistir a um filme inteiro sem ficar baixando e levantando o volume diversas vezes.

Não bastasse a qualidade questionável das dublagens, há também a questão das vozes escolhidas para cada personagem.

É comum vermos as pessoas reclamarem que o ator tal não deveria ter uma voz tão grave. Ou que a voz "x" pertence exclusivamente ao personagem "y".

Convenhamos que é bem esquisito ver um personagem consagrado migrar de voz de uma hora para outra.

A propósito, será que existe algum (mandamento) código de ética nesse sentido? Algo como "não dublarás o personagem do próximo".

Por outro lado, é complicado para os dubladores serem fieis a determinado personagem. Quantos filmes do Sylvester Stallone são dublados por ano? Será que o seu dublador poderia emprestar a voz do Rambo para o senhor Miyagi, do Karate Kid? É complicado...

Brincadeiras à parte (estava com saudade desta expressão), a questão da dublagem nos remete a um problema muito sério: a educação.

O dono da locadora de filmes aqui da frente da minha casa disse-me outro dia que seus clientes, de um modo geral, não têm o costume de alugar filmes legendados. Aproximadamente 80 ou 90% deles não alugam o filme se a película não possuir a maldita dublagem.

O brasileiro não aprecia filmes legendados porque não gosta de ler. Prefere um som de má qualidade a ter que ler algumas dezenas de frase.

Ler as legendas de um filme, aliás, seria um bom começo para muita gente. Afinal, é lendo que se aprende a escrever...

Fazer o quê se somos um país repleto de preguiçosos?

De qualquer forma, fica o protesto!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Segunda Dose!

Sorteio!


O site Livros, Músicas e Coisas Fúteis está sorteando 1 (um) exemplar do livro Segunda Dose!


Boa Sorte!

Salvem a escrita!


Foto: joaocrz.com

Tenho por costume observar a forma como as pessoas escrevem. É sempre interessante aprender novas técnicas de escrita, ou até mesmo palavras diferentes.

No entanto, confesso que fico mais perplexo a cada dia que passa. É impressionante o descaso das pessoas com a escrita.

Com toda a certeza do mundo serei chamado de chato por estar escrevendo este texto, mas convenhamos que um mínimo de cuidado na hora de escrever não faz mal a ninguém.

Por que são criadas regras e padrões, afinal? São criadas para que nós seres humanos possamos nos entender, comunicando-nos de forma eficiente. 

O objetivo, por óbvio, é que o interlocutor entenda a mensagem no exato sentido que ela foi criada. Do contrário, seríamos um bando de adultos brincando de telefone sem fio. Invariavelmente, a notícia sempre chegaria um tanto defasada.

Basta você acessar uma dessas tantas redes sociais para ver um repertório imenso de erros de grafia, concordância, acentuação, etc.

Claro que a falta de prática muitas vezes dificulta a elaboração de um texto. Querendo ou não, se você não tem por hábito escrever, dificilmente conseguirá redigir um texto com a mesma facilidade de quem o faz todos os dias.

Ocorre que muitas pessoas cometem erros absurdos de grafia. Erros que nem mesmo uma criança seria capaz de cometer.

Notem que não estou falando de elaborar um texto coerente, com início, meio e fim, como a professora da primeira série do primário nos ensinou. Estou falando de palavras simples, palavras que pessoas com primeiro grau completo não poderiam se permitir errar...

O que seria isso? Preguiça?

Oras, você não está escrevendo em um diário secreto, mas sim para diversas pessoas. Talvez para milhares, dependendo da sua popularidade.

Custa abrir uma nova janela e procurar a palavra em um dicionário on-line? Ou no google? Ou no bom e velho "Aurelião" jogado na estante?

Já cheguei até a desconfiar que algumas dessas pessoas escrevam errado de propósito. O homem, por natureza, é um ser imprevisível. Vai saber...

Verdade que talvez eu esteja sendo chato. Mas verdade também que a forma como você escreve diz muito sobre você.

Precisamos tentar melhorar sempre... Você não acha?    

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dica de filme!




Como já havia dito no início de janeiro, este ano postarei algumas dicas de filmes, músicas e livros.

Então, quero indicar um filme aos leitores do blog!

Trata-se de "Na Natureza Selvagem" (Into the Wild, EUA, 2007).

O filme, que é dirigido por Sean Penn, conta a história real de Christopher McCandless, um jovem de vinte e poucos anos que, insatisfeito com as regras impostas pela sociedade, decide largar tudo e viver de acordo com seus próprios ideais.

Não bastasse o excelente roteiro, o filme conta ainda com uma trilha sonora de dar inveja. As músicas, brilhantemente interpretadas por Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam), são simplesmente incríveis.

Em suma, uma obra de muito bom gosto.

Este é um daqueles filmes que o povão não aluga... Ou seja, imperdível! 

Clique no vídeo acima e confira a música Society - uma pequena amostra da trilha sonora. 

Espero que gostem!

Qual a sua religião?


Foto: mananciaisdeamor.zip.net

Segundo o dicionário, a palavra "religião é adotada para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas". Cada religião, ainda segundo o vernáculo, "inspira certas normas e motiva certas práticas".

Qual a sua religião?

A minha religião é Deus. Acredito em Deus (ou o que quer que ele seja) e ponto final. 

Embora seja católico-apostólico-romano desde pequeno (por imposição dos meus pais, é claro), acho errado escolhermos uma religião e segui-la ao pé da letra. 

A propósito, nossos pais não deveriam agir da forma como vêm agindo. Que direito eles têm de escolher nossa religião ainda quando somos crianças? Por que me batizar na religião A, se eu podia ser batizado na religião B, ou na C, etc.

Antes, havia a desculpa do limbo. Para quem não sabe, Deus mandava as criancinhas que não eram batizadas diretamente para o limbo... Mas agora que o Papa o extinguiu mediante decreto (como pode isso?), qual a desculpa?

Essa necessidade do ser humano de pertencer a um grupo é irritante. Uma verdadeira loucura coletiva.

Tudo bem que gostemos da coletividade comumente vista no esporte, no grupo de amigos, etc, mas escolhermos uma religião porque fulano ou ciclano a elegeram já acho demais.

Na condição de seres pensantes, deveríamos escolher quais dogmas seguir desde a infância. Concorda? 

Muitos justificam a imposição das normas da Igreja como forma de educar as crianças. Desde quando obrigar uma criança a frequentar a missa é a forma ideal de educá-la? Ademais, bons ensinamentos repassados dentro do seio familiar me parecem o suficiente para a construção do futuro. 

E as guerras? Como pode alguém lutar uma "guerra santa"? Aliás, quem inventou esta expressão não tinha o mínimo de bom senso. Desde quando uma guerra pode ser santa? Desde quando?

Somente o ser humano mesmo para criar uma crença e lutar contra os seus pares sob o pretexto de que seu Deus é melhor ou mais correto. Como se existisse uma unanimidade mundial nesse sentido...

Sim, eu acredito em Deus! Mas jamais me permitiria acreditar em toda essa insanidade que se cria em torno Dele.

E você, acredita no quê?