Foto: kansasclube.com.br
Dias atrás, ouvi alguém dizer que a educação de um país se mede pelo número de animais mortos encontrados na beira da estrada.
Logo, cheguei à conclusão de que não somos nada educados. Nada mesmo.
Hoje mesmo, quando vinha da praia, contei pelo menos uns dez animais mortos no transcurso de pouco mais de 60 Km.
Meu Deus! Como nunca tinha reparado nisso? Faz todo sentido do mundo utilizar esse parâmetro para medir a educação de uma nação.
Dizem que na Europa, ao contrário do Brasil, os acostamentos das estradas estão sempre limpos. Lá, se algum animal invade a pista de rolagem, o motorista o espera passar com paciência. São ou não seres razoáveis?
Outro dia mesmo, li em algum blog um suposto relato de uma holandesa. Dizia esta que o brasileiro é um povo mal agradecido; um povo com mania de reclamação.
Ela argumenta, entre outras coisas, que problemas sociais não são exclusividade do Brasil, já que países europeus também os têm.
Em seguida, com uma paixão inerente a todo e qualquer estrangeiro, elenca diversas qualidades do Brasil. Rasga-se em elogios à terra do futebol, do samba e das praias maravilhosas...
Oras, ninguém disse que o Brasil carece de qualidades. Temos sim inúmeras coisas das quais nos orgulhar, mas temos inúmeras outras das quais nos envergonhar. I-N-Ú-M-E-R-A-S!
Corrijam-me se estiver errado, mas os problemas sociais dos países europeus com certeza não devem chegar aos pés dos nossos. Certo?
Infelizmente, moramos em um país de pessoas mal educadas, de corruptos, de ladrões. Em um país que doa R$ 3 milhões para escolas de samba que pegaram fogo, enquanto vítimas de deslizamentos dormem em abrigos imundos.
No Brasil, a polícia investiga a própria polícia; a educação pública é uma verdadeira piada sem graça; e a saúde é sinônimo de filas quilométricas.
Em nossa gloriosa pátria, alguns pais (monstros) amarram crianças recém-nascidas dentro de sacos plásticos e depois as jogam no rio; jovens matam uns aos outros por tolices; assaltos quase sempre terminam em tragédia; etc.
Não somos o país da pizza. Somos a própria pizza!
Alguém deveria avisar essa senhora holandesa que não vivemos só de caipirinha, carnaval e calor humano. Precisamos que nossas necessidades sejam atendidas o ano todo, e não só em um feriado prolongado.
Confesso que estava reticente quanto a escrever este texto, mas não consigo quedar-me inerte diante de tamanhas injustiças. Sinto uma necessidade tremenda de expressar minha opinião, ainda que ela não valha muita coisa.
O brasileiro precisa repensar seus valores o mais rápido possível. Do contrário, soaremos sempre como uma coletânea de insucessos.
Precisamos investir em educação. Ponto final.
Se alguém souber de outra saída para deixarmos de ser tão mal educados, por favor, avise-me!
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