Estava olhando pela janela a chuva que caía lá fora. O suficiente para que me lembrasse da música "Me chama", do Lobão.
Para quem não conhece (algum alienígena, talvez), a música começa assim:
"Chove lá fora
E aqui tá tanto frio
Me dá vontade de saber.."
Enfim... Ao lembrar-me da excelente música do Lobão, lembrei-me também do subjetivismo que nos é inerente.
A banda Chimarruts (é assim que se escreve?), por exemplo, também tem uma música sobre chuva, cuja primeira estrofe reza:
"Deixa chover, deixa
A água lágrima divina vai purificar
Deixa chover, deixa
Semente que cair na terra já pode brotar"
Percebem a substancial diferença entre as duas letras? Claro... Até mesmo uma criança seria capaz de fazer tal distinção...
Minha intenção não é comparar as músicas (até porque Lobão é infinitamente melhor), mas sim mostrar o quão nós somos subjetivos.
Acho realmente impressionante esta capacidade do ser humano de expressar ideias opostas. Duas cabeças, duas sentenças.
Se alguém elaborasse um roteiro para um livro, com todas as reviravoltas e desfechos possíveis, a fim de que vários escritores o escrevessem, teríamos obras totalmente diferentes.
Por mais que nossas influências e educação sejam parecidas, sempre seremos uns diferentes dos outros. Sempre!
Gostaria de saber o que se passava na cabeça de um grande músico ou de um mestre da pintura. A forma como enxergavam o mundo...
Se bem que suas obras eram manifestações de suas mentes. O modo que encontraram para extravasar seus pensamentos tresloucados e, ao mesmo tempo, geniais.
Claro que ser objetivo é bom, mas o subjetivismo é muito importante para a coletividade.
Muito importante...
Um comentário:
Passei a vida inteira, e ainda to passando, ouvindo meu pai falar: "Cada cabeça sua sentença."
Cara, Lobao anda influenciando o povo, hein?! hahaha Uma boa influencia, ao menos.
Abraço blogueiro x)
Mari.
Postar um comentário