domingo, 20 de fevereiro de 2011

O dia em que "desprezei" Humberto Gessinger


Tudo ocorreu mais ou menos assim...

Eu e meus amigos resolvemos lotar um ônibus para irmos ao show do Engenheiros do Havaí, que seria realizado em Criciúma/SC, cidade localizada a 45km de distância de Lauro Muller (onde eu moro).

Tudo pronto, partimos eufóricos rumo ao ginásio de esportes da cidade, local reservado para a apresentação da banda.

À época, eu não gostava tanto assim de Engenheiros do Havaí. Talvez tenha sido justamente este meu maior erro.

Dois amigos que me acompanhavam - Jonhn e Marco - estavam quase entrando em transe com a possibilidade de ficar cara a cara com o grande ídolo. Estavam dispostos a fazer qualquer coisa para pegarem um (simples) autógrafo.

Iniciado o show, tudo transcorria bem. A atmosfera estava incrível, as músicas perfeitamente executadas e o público cantava como nunca.

Se não me falha a memória, duas músicas antes de terminar o concerto, meus amigos correram para os fundos do ginásio para tentar encontrar Humberto Gessinger. Queriam a todo custo vê-lo de perto!

Como não estava disposto a me esgueirar em busca de um autógrafo, já que não era tão fã assim à época, fiquei escorado ao lado do palco com uma lata de pepsi (não tinha coca-cola) em punhos.

Alguns minutos mais tarde, já com o show devidamente encerrado, um grupo com quatro jovens começou a implorar para os seguranças que os deixassem entrar no camarim da banda. Imploravam como crianças em busca de um brinquedo novo. Até eu fiquei com pena das criaturas...

Antes disso, vários outros jovens haviam tentado entrar no camarim, porém quase nenhum deles obteve êxito.

Os seguranças, comovidos com o apelo, abriram uma exceção (só deixavam entrar mulheres) e permitiram a entrada dos garotos, os quais entraram mais felizes do que nunca.

Ainda com o portão de acesso aberto, o segurança olhou para mim bem sério e perguntou:

- Quer entrar também?

Lembro de ter olhado para aquele gigante de terno e pensado "será que ele está falando comigo?"

Então, para surpresa do gentil segurança, respondi sem titubear:

- Não, obrigado.

Os seguranças se olharam por alguns segundos. Meu comportamento nada convencional deve ter lhes chamado a atenção.

Uma hora depois, aproximadamente, meus amigos voltaram dos fundos do ginásio sorridentes. Traziam consigo autógrafos do baterista e do guitarrista. Cumpre lembrar que estes não eram os mesmos membros da formação original...

Na hora, achei melhor não lhes contar o convite que havia recebido dos seguranças. Imaginei que eles ficariam bravos com minha atitude. Imaginei certo...

Um mês depois, eu acho, contei-lhes sobre o ocorrido. Confesso que pensei que eles fossem me bater. Podia ver a raiva que havia em seus olhares. Se tivesse contado no dia, sei não...

Atualmente, sou um grande fã do Humberto Gessinger. Engenheiros do Havaí, aliás, é uma das minhas bandas favoritas! Gosto muito de todas as suas músicas...

Há dois dias, comprei o livro "Mapas do Acaso", o qual virá com dois marcadores de página autografados pelo mesmo Humberto Gessinger.

É um tanto absurdo o que vou falar agora, mas a verdade é que comprei o livro basicamente por conta dos marcadores autografados...

Sou ou não um idiota?

3 comentários:

Miriam B. disse...

Afilhado querido... vc vai a um show do Engenheiros e bebe pepsi????? Isso foi beeem pior do que ter desprezado o Humberto! Rsrs...

Ramom Martins disse...

Eu subi no palco do Engenhriso na serra, eu e o zé gota. n vimos o humberto pq era umas 3 horas antes de começar o show, mas foi mto massa. e tu me perde a oportunidade de ver ele de perto. Tinha drogas na tua pepsi, só pode! kkkk. Um abraço, Kelvin!

Unknown disse...

Eu fiz segurança nesse show eu nem era ligado nos engenheiros.agora pesso c alguém tive um vídeo dec show m mandem hoj sou fã