domingo, 31 de julho de 2011

Mais uma resenha!


Acabou de sair mais um resenha do livro Segunda Dose, de minha autoria.

Larissa, proprietária do blog Assunto Sobre Livros, fez uma resenha bem interessante.

Segundo a blogueira, "Os personagens são como se fossem pessoas reais mesmo, e quando os personagens são assim é como se tivéssemos dentro da história junto com eles".

Afirmou, ainda: "uma das coisas que eu mais gostei que o autor escreveu no livro, é a forma que ele descreve Porto Alegre, confesso que a cidade em qual eu nasci e vivo até hoje é surpreendente assim como ele escreve".

Enfim, gostei bastante da resenha.

Para quem quiser conferi-la integralmente, basta clicar no link abaixo:


Em breve, mais notícias sobre o livro Segunda Dose! 

Aquele abraço aos leitores do blog!

sábado, 30 de julho de 2011

Politicamente chatos!


Foto: eentaohouveosilencio.blogspot.com

Estamos vivendo uma fase (ou uma "onda", como preferem os surfistas) extremamente chata.

A chamada era dos "politicamente corretos".

Sei que este tema não é uma novidade propriamente dita, mas não poderia manter-me inerte sobre o assunto.

Se você for parar para pensar, hoje em dia tudo é preconceito, discriminação, apologia, etc.

Acredito que, na qualidade de seres pensantes, devemos saber distinguir brincadeira de realidade. Sermos mais inteligentes nesse sentido.

Fico indignado quando vejo esses grupos pra lá de extremistas querendo processar comediantes por brincadeiras bobas. Ou, ainda, criticando jornalistas por terem dito isso ou aquilo.

Oras, brincadeira se chama assim justamente por não ser algo sério. Ou estou falando besteira?

Vamos nos preocupar com o que realmente importa, como a educação, a saúde e outros tantos problemas sociais e deixar as brincadeiras continuarem sendo apenas brincadeiras.

Se continuarmos nessa ascendência de pessoas politicamente corretas, para não dizer politicamente chatas, vai chegar uma hora que não vamos poder dizer mais nada sem que nos desculpemos umas vinte mil vezes ao dia.

Sou contrário a todo e qualquer tipo de discriminação, mas nem por isso preciso ser um chato vigilante da moral e dos bons costumes.

A verdade é que falta sensatez ao cidadão brasileiro. Muita sensatez.

Simples assim.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

10 motivos para tomar um porre!

Foto: vergilio.wordpress.com

Confira, abaixo, 10 bons motivos para tomar um porre daqueles!

1) Você foi demitido! Existe motivo mais nobre do que tomar um porre após ser extirpado dos quadros da sua empresa sob o argumento de que estão fazendo um remanejo de pessoal? Acho que não... Sem contar que o dinheiro recebido com a demissão ajudará nesta árdua tarefa.

2) Você tomou um belo "pé-na-bunda" da pessoa amada. De repente, sua namorada(o) lhe diz que não o ama mais. Pronto, está aí a desculpa que você queria para se encharcar de álcool. Aliás, cumpre ressaltar que álcool e sofrimento combinam muito bem.

3) Você passou no vestibular. Não estou falando dessas faculdades que praticamente te empurram para dentro da sala de aula, mas de um vestibular com um mínimo de concorrência. O mesmo vale para concursos públicos. Enfim, é só esperar o resultado e correr para o bar mais próximo.

4) Sua esposa está grávida. Embora eu não tenha filhos, acredito que deva ser uma fase bem legal. Seu filho, sem dúvida, merece um porre em sua homenagem.

5) Você, após um esforço sobre-humano, conseguiu enfim conquistar a pessoa amada. Tal fato merece uma comemoração etílica. Uma comemoração dotada de exagero. Certo?

6) Seu time fez um gol aos 46 minutos do segundo tempo e foi campeão daquele torneio internacional que você duvidava ser capaz de conquistar. Porre obrigatório.

7) Quando você está num profundo estado de tédio. Este, aliás, é um dos motivos mais fortes que levam uma pessoa a encher a cara, sobretudo se você for um alcoólatra. Ou um aposentado ocioso.

8) Quando uma pessoa querida falece. Pode parecer falta de respeito, porém é também uma bela homenagem. Essa prática é conhecida como "Beber o morto"

9) Se você for uma pessoa sem sal (sem graça). Isso porque até os chatos ficam legais após alguns drinques.

10) Quando começa a beber socialmente. Afinal, já que você começou a beber, por que não tomar um porre de uma vez? 

Conhece um bom motivo para tomar um porre? Então deixe seu comentário logo abaixo...

Aquele abraço!

terça-feira, 26 de julho de 2011

A vida é curta!

Foto: meuqueridodiariodeobra.blogspot.com

Dia 30, completarei 29 anos.

Algumas pessoas acham que estou velho. Outras, que estou novo. Na verdade, tudo depende do ponto de vista.

Eu mesmo costumo brincar que estou ficando velho e tal, mas à medida que a idade vai avançando, vou gostando cada vez mais de viver.

Tanto é verdade que meus 28 anos - que acabarão às 23h59min da sexta - foram, sem sombra de dúvida, a melhor idade que já tive.

Experiência é algo sensacional. Isso porque tudo é mais fácil com passar do tempo, com exceção dos exercícios físicos, é claro.

Observo alguns amigos mais jovens com suas inseguranças e temores e tenho vontade de dizer-lhes que tudo isso é desnecessário. 

Ocorre que certas coisas precisam ser vivenciadas para serem assimiladas... 

É tão boa essa sensação de dever cumprido... De já ter cursado uma faculdade, de ter conseguido um emprego legal, enfim, de ter alcançado algumas das etapas que costumam nos causar medo.

Obviamente, ainda tenho muitas coisas por conquistar. Muitos horizontes a desbravar.

Mas parece que agora é a hora de viver de verdade, sem a clássica desculpa da falta de tempo ou mesmo por ter outras prioridades...

Em outras palavras, é como se esta fosse a idade da liberdade, e não a adolescência.

Talvez as pessoas discordem, mas este é o exato ponto de vista que tenho sobre minha atual idade.

E o mais interessante nisso tudo é que o avançar da idade não assusta. Pelo contrário, apenas dá mais ânsia de viver, de aproveitar esta coisa tão surreal chamada vida.

É comum vermos pessoas complicando coisas tão simples, inventando problemas, criando desculpas para não viver de verdade...

Não seria mais fácil tentar viver, ao invés de criar esses subterfúgios medíocres? 

Quanto mais experiente, mais preocupado fico em não desperdiçar minha vida com bobagens. Focar naquilo que me faz feliz de verdade.

Todos sabemos disto, mas não custa lembrar que a vida é curta.

Muito curta, para ser mais exato. Muito curta...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Segunda Dose à venda na Saraiva!

Inacreditável! 

Simplesmente não consigo encontrar outra palavra para expressar minha satisfação com a notícia.

Meu livro - Segunda Dose, da Editora Baraúna - agora à venda na Livraria Saraiva, no formato e-book.

Não poderia ficar mais feliz com a notícia! Não mesmo!

Se você ainda não leu o livro, clique aqui e compre o seu exemplar!

Segue, abaixo, a sinopse do livro:


Detentor de uma vida desregrada, baseada na mistura whisky-cerveja-vinho, Renato Duarte ia passando os dias como se estivesse no piloto automático. 

Sua pacata rotina só é ameaçada quando conhece Júlia – uma mulher irremediavelmente perfeita.

Ao envolver-se precocemente com outra mulher, contudo, sua vida toma um rumo inesperado, de modo que o responsável pelo RH de uma das maiores empresas do país se vê ilhado em um mar de dúvidas e decepções.

Numa urgência sem precedentes, precisa decidir-se entre as duas inacreditáveis mulheres que acabaram se apossando de seu coração, bem como driblar Flávia – sua inconveniente ex-esposa -, que ainda sonha em reatar os laços matrimoniais dissolvidos há alguns anos. 

Precisa da dose certa. Daquela que somente o caminho complicado é capaz de apontar. 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quebrando a balança...

Foto: quintaldapaula.blogspot.com

Vivenciei ontem um fato meio bizarro.

Literalmente, quebrei a balança.

Explico.

Eu tenho no quarto uma dessas balanças caseiras, cuja plataforma é de vidro. Era, para ser mais exato.

"Do nada", olhei para a balança e pensei que deveria ter comprado uma profissional, e não aquela.

Sei lá o porquê disto, mas comecei a imaginar uma balança profissional, com precisão exata, aro 16, rodas de liga leve e tudo mais...

Exageros à parte, após tal pensamento, virei-me de costas em busca do celular. Quando voltei à posição original, acabei pisando sem querer na ponta da balança.

Simplesmente, a balança deu um pirueta fenomenal no ar. Foi praticamente um duplo twist carpado de dar inveja à Daiane dos Santos. E olha que eu nem pisei com tanta força.

Após tirar nota 10 em sua apresentação, a balança caiu contra o piso e se espatifou em mil pedaços.

Fiquei meio intrigado com o fato. Então, enquanto juntava os cacos da balança revolta, pensei nas hipóteses que teriam levado ela a se espatifar, a saber:

1) A primeira impressão que tive foi que a balança ficou chateada com meu pensamento e resolveu quebrar-se bem na minha frente. Afinal, acabei traindo sua confiança após anos de serviços prestados. Como isso é pouco provável (pouco?), imediatamente comecei a pensar nas outras hipóteses.

2) Exatamente como numa história do Paulo Coelho, o mundo conspirou no sentido de quebrar a balança, pois somente assim poderia comprar outra sem culpa. Menos, bem menos...

3) Quebrei a balança de propósito, porém de forma inconsciente. Acho que não, mas vai saber.

4) Coincidência; simples assim.

Acredito que a quarta hipótese seja a mais provável, porquanto é a mais racional.

Porém, admito que fiquei estupefato com o acontecimento.

Exagero meu?

Talvez.

Mas vocês tinham que ver a pirueta dada pela balança... Foi simplesmente sensacional.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O dia que vi um monstro

Foto: baiaodetudo.blogspot.com

Quando era criança (com 4 ou 5 anos de idade), dormiam no mesmo quarto eu, minha irmã e a empregada que cuidava de nós.

Devido ao medo do escuro, dormíamos com a luz acesa.

Ocorre que certa noite aconteceu algo bem bizarro

Em resumo, acordei assustado assim que ouvi um rugido bem grave.   

Quando virei o pescoço para ver de onde vinha aquele som, fiquei praticamente petrificado com o que meus olhos teimavam em me mostrar.

Pasmem, mas vi um monstro. Sim, eu disse um monstro.

Ele estava deitado ao lado da empregada e tinha a forma de um tronco de árvore gigante. Devia ter uns três metros de altura e uma circunferência considerável.

Parecia um Jequitibá Rei, no melhor estilo Renascer.

Já contei essa história várias vezes, mas acho que foram poucas as pessoas que acreditaram. 

A respeito, sempre me perguntam: - Será que você não estava sonhando?

Não, eu não estava sonhando

Fiquei duas ou três horas me borrando de medo. E toda vez que olhava, lá estava o monstro com seu ronco demoníaco.

Vale ressaltar que a luz estava acesa, o que diminui consideravelmente a chance de engano.

Lembro de ter levantado duas ou três vezes e me dirigido até a porta, mas diante do medo de acordar o monstro, não tive coragem de girar a maçaneta.

Pensei que era melhor ficar com medo por algumas horas a ser devorado por uma árvore nativa da mata atlântica.

Pode parecer engraçado agora, mas senti muito medo à época.

É uma história meio fantasiosa, eu sei. No entanto, sei o que vi.

De qualquer forma, fique atento.

Se um dia seu filho dizer que viu um monstro em forma de Jequitibá Rei, saiba que eles existem e estão por aí assustando outras crianças ao redor do mundo.

Será mesmo?

Na dúvida, melhor comprar uma motosserra. Vai saber...


segunda-feira, 18 de julho de 2011

O preço da inspiração...


Foto: edsoncarmo-amor.blogspot.com

Inspiração é algo incrivelmente surreal.

Você está sentado junto ao computador com a intenção de escrever um texto legal, mas nada lhe passa pela cabeça. Ao menos nada útil.

Na tentativa de clarear a mente, você dirige-se até a cozinha para pegar uma café preto. No caminho, entretanto, acaba chutando sem querer a quina da parede com uma força desproporcional.

Pausa para falar um palavrão.

Passado o estresse, seu desastre particular faz você se lembrar de uma história engraçada que, em minutos, estará postada no blog e sendo lida por inúmeras pessoas.

E se por acaso esse texto vir a se tornar o texto mais acessado do seu site? Ou for premiado em um concurso qualquer?

Fui pegar um café agora mesmo, exatamente como acabei de contar, e tomei o cuidado de não chutar nada. Afinal, já havia conseguido minha história. Esta história.

Mas qual o preço de uma boa inspiração?

Você trocaria um dedo quebrado por uma futura história de sucesso?

Conheço muita gente que o faria. Talvez eu mesmo, se tivesse garantia de que o texto fosse bom o bastante.

Engraçado que voltei para a cozinha com o intuito de buscar mais café (leia-se inspiração) e nada me veio à mente. Tenho a sensação, aliás, que poderia voltar lá mais 17 vezes e nada aconteceria.

Quebrar o dedo do pé já não parece uma opção tão ruim, sobretudo se conseguir um final para este texto pouco inspirado.  

Trata-se de uma questão de ponto de vista. 

Inspiração, cadê você?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

10 razões para dizer um palavrão

AVISO: Este texto contém palavras fortes. Se você não fala palavrões, aconselho que pare de lê-lo imediatamente.

Pode parecer loucura minha, mas tenho uma teoria de que certas coisas só podem ser expressadas através de um palavrão.

Parece-me que, se você não proferir um belo e sonoro palavrão, não conseguirá expressar o sentimento com toda a sinceridade que ele merece.

Os puros de coração que me perdoem, mas eles são indispensáveis às nossas vidas.

Pois bem. Vamos, enfim, aos 10 motivos que nos levam a falar um palavrão:

1) Quando você ganha sozinho na megassena acumulada. É simplesmente impossível não dizer algo do tipo: "Caralho, ganhei na mega! Aaaaaaaaahhhhhhhhh! Caralho!".

2) Quando o árbitro não marca pênalti em favor do seu time aos 46 minutos do segundo tempo na final do campeonato. Certo que você irá chamá-lo de "filho-da-puta" para cima...

3) Quando você lembra que esqueceu do aniversário de uma pessoa querida. Com a mão na testa você dirá com a voz baixa: "Porra, esqueci o aniversário do fulano..."

4) Quando você erra a martelada e acerta seu dedo em cheio. No mínimo, sairá um "buceta"!

5) Quando você chuta a quina do criado mudo. Pelo menos um "filha-da-puta" sairá de sua boca suja. 

6) Quando alguém bate na traseira do carro zero quilômetro que você acabou de tirar da concessionária. "Você está cego? Seu merda!"

7) Quando você vê um político prometendo mundos e fundos na televisão. Acho que um "pau-no-cú" seria perfeito neste caso.

8) Quando você termina de ler um livro sensacional. "Filho-da-puta, que livro bom!"

9) Quando você discute feio com alguém. "Vai à puta que te pariu!"

10) Quando você termina de ler um texto besta como este... "Que merda de texto... Que merda...".

terça-feira, 12 de julho de 2011

Resenha!

Saiu mais uma resenha do livro Segunda Dose!
A gente finíssima Babi Ever, gestora do blog TintaPink, publicou uma resenha muito interessante sobre o livro.

Confira a resenha:


"Uma palavra que defina o livro: Delicioso

Fiquei pensando em como iniciar essa resenha, pensei “como eu posso em palavras descrever os sentimentos que tive ao ler?”, sinceramente é uma tarefa difícil.

Adoro um bom romance, ainda mais um com triangulo amoroso, e em “Segunda Dose” encontrei uma gama enorme de sentimentos.

O livro tem uma pegada cômica, com, é claro, um fundo de drama.
Renato é um personagem difícil de analisar, ele age impulsivamente e algumas vezes desejei dar um soco nele, desejei gritar com ele, derramar o copo da mão dele e trazê-lo para a realidade... Por que ele é de fato um alcoólatra, e é apaixonado e me torturava quando agia de forma imprudente, mas esse é o Renato, um personagem totalmente imprudente, um homem que faz seu coração pular e depois tira o sentido da sua vida...

Posso estar exagerando na descrição do Renato, mas essa é a minha impressão dele. 

Durante a leitura eu tentava ignorar o fato de o personagem principal ser um alcoólatra, por que em todo esse tempo em que passei a conviver com ele eu me apeguei às partes boas, ao que no fundo julguei certo, mesmo quando estava na cara que ele não prestava que ele não conseguia ser fiel...

E aí entra a parte boa, o autor conseguiu com êxito mexer com meus sentimentos, consegui me apegar ao personagem, amá-lo e odiá-lo, e não só ao Renato, gostei da força de Júlia, gostei da doçura de Camila e odiei a Flávia arduamente por que uma ex-esposa pode ser o cão na vida de qualquer pessoa...

O livro é escrito em terceira pessoa, devo acrescentar que o autor escreve com grande maestria, ele não se demora nas descrições, e conduziu o enredo com coesão, gostei da mescla entre drama e comedia.

Renato conhece Júlia, sua bela e totalmente desejável (digamos extremamente sexy) assistente, ela o vê como amigo, e ele se decepciona, se entristece e bebe loucamente como se a bebida pudesse afogar suas magoas, e por hora ela de fato o faz, mas quando o efeito passa ele se vê novamente arrasado, e ele passa a nutrir uma paixão não correspondida por Júlia até que a doce Camila aparece...

Gostei de ver o lado masculino dos relacionamentos, não que Renato Duarte seja a regra, e espero que não seja, mas pude ver como um homem se sente ao se apaixonar e isso é louvável.

Eu poderia ficar horas divagando sobre o livro, sobre cada mínimo parêntese... Em suma o livro me pegou, gostei bastante e espero que vocês sintam o mesmo".


Para conhecer o blog da Babi Ever, que é de muito bom gosto, clique aqui. 

Em breve, mais notícias sobre o livro Segunda Dose.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Não custa sonhar

Ontem à noite, já deitado na cama, comecei a pensar como eram as coisas há milhares de anos atrás.

Fiquei imaginando o comportamento de nossos ancestrais sob esse frio todo

Em resumo, imaginei-os enrolados na pele de algum animal pré-histórico e diante de uma fogueira encorpada, esperando pelo sono violento ditado sob um pós-caçada.

A única coisa que não consegui visualizar foi a forma como eles dormiam, embora eu tenha certeza que o luxo dos dias de hoje era algo impensável à época.

Há quase três anos, quando eu e minha esposa estávamos à procura de uma cama para nossa casa, deparei-me com uma situação curiosa.

Ao indagarmos a atendente da loja sobre preço da cama box que havíamos gostado, ela respondeu:

- O jogo de lençóis custa R$ 12.500,00. A cama, R$ 2.000,00

Como assim o lençol é mais caro que a cama? Não parece que há algo errado nessa história?

A atendente justificou o preço dizendo que todas as 8 almofadas acompanhavam o jogo de lençóis...

Não sei, mas tive a impressão que nem um container cheio daquelas almofadas seria capaz de justificar o preço exacerbado.

Será que eles aceitam um carro de entrada na compra dos lençóis? Uma moto, quem sabe?

Convenhamos que, por mais abastado que você seja, tal valor é incompatível com um mero jogo de lençóis.

E o que nossos ancestrais têm com isso?

Liguei os dois fatos e fiquei imaginando o que o homem das cavernas faria com lençóis tão caros... Talvez uma tenda... Sei lá...

Tudo bem que existam pessoas dispostas a pagar um elevado preço por determinado produto. Mas, mesmo assim, ainda acho que algumas coisas não deveriam ser tão caras.

Todos sabemos o porquê dessas coisas acontecerem. No entanto, é difícil aceitar tamanha disparidade.

Fico me perguntando como alguém consegue recostar a cabeça sobre um jogo de lençóis no valor de R$ 12.500,00 enquanto existem crianças dormindo na rua sob o "calor" de jornais velhos.

Tudo bem que talvez eu não faça tantas caridades assim a ponto de criticar os outros

No entanto, penso que se eu tivesse capital o bastante para pagar tal soma por meros tecidos usados exclusivamente na hora de dormir, talvez pudesse ajudar os outros com mais frequência.

A verdade é que o homem é um ser esquisito, de modo que é difícil entendê-lo e julgá-lo.

Espero que nossos filhos e netos deem mais valor ao que realmente importa.

Acho difícil, mas não custa sonhar...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dica de livro!



Confesso que terror não é meu gênero literário favorito.

No entanto, gostei muito do livro Leia-me, quando começado... deve ser terminado, da Editora Baraúna.

O autor do livro, Rodolpho P. Wraider - que é meu amigo e colega de editora - caprichou no enredo e nas reviravoltas.

Fiquei admirado com sua capacidade de criar uma história tão surreal.

Em suma, gostei muito do livro. Logo, aproveito o ensejo para parabenizá-lo.

Para comprar o livro, basta clicar aqui.



@ 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

10 motivos para não cursar uma faculdade


Foto: saojoaquimonline.com.br

Antes que eu seja apedrejado, quero dizer que o texto abaixo é apenas uma brincadeira. 

Por óbvio, sou totalmente a favor da educação.

Vamos aos motivos.

1) Assim que você efetuar a matrícula, perderá sua vida pelos próximos cinco anos (ou mais). Tanto é verdade que tem gente que escolhe o curso de acordo com o tempo de duração.

2) Terá que correr atrás do tempo perdido e se desdobrar para aprender de verdade algumas matérias que você não aprendeu no segundo grau. 

3) Gastará rios de dinheiro para aprender coisas que você pode aprender lendo um livro. 

4) A menos que você more ao lado da universidade, perderá horas e mais horas se deslocando até lá.

5) Sua vida se limitará às férias de julho e janeiro. Talvez, consiga desfrutar de alguns sábados à noite. 

6) Sua barriga aumentará consideravelmente depois de cinco anos tomando cerveja no bar em frente à universidade. 

7) Sem exceção, você levará anos para reaver a fortuna gasta com o curso. 

8) Se você não escolher o curso certo (o que é bastante provável), será mais um a fazer parte das estatísticas no quesito "problema social".

9) Você decepcionará sua família assim que eles descobrirem que você não tem vocação para a profissão escolhida.

10) Você não só terá que fazer uma monografia que acabará com sua vida social por alguns meses, como também terá que apresentá-la para uma banca de professores sedentos por reprovação.

Conhece mais algum motivo? Deixe um comentário logo abaixo!



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Prefiro não lembrar

Foto: designufmg.blogspot.com

Marina estava decidida. Ainda naquela noite, iria tomar seu primeiro porre.

Ao longo dos seus 23 anos, jamais havia se embriagado a valer. No máximo, havia ficado um pouco tontinha, mas nada exagerado.

Sempre ouvia suas amigas contando sobre seus porres inacreditáveis e tudo mais, de modo que precisava experimentar aquelas sensações o quanto antes.

De uma forma estranha, queria fazer parte daquele mundo particular que suas amigas tanto se orgulhavam.

Sua principal intenção, no entanto, era colocar a prova essa história de que os bêbados não lembram de nada no outro dia, porquanto nunca acreditou nesse ladainha.

Ligou para Cláudia e contou sobre o porre. A amiga, que era quase uma alcoólatra, apoiou a ideia aos pulos.

Então, logo que saiu do trabalho, Marina passou no supermercado. Para positivar seu intento, precisava antes abastecer-se.

Deixou os fermentados de lado e correu para o setor de destilados.

Como ficou em dúvida acerca de qual bebida levar, optou pela velha e boa vodka. As histórias de suas amigas, inexoravelmente, sempre tinham vodka no meio. Sempre.

Chegou em casa por volta das oito e meia da noite. 

Tomou um banho rápido e correu para a cozinha. Havia chegado, enfim, a hora de tomar seu primeiro porre.

Marina abriu a garrafa de vodka e deu um longo suspiro. Precisou de apenas um gole para perceber que não conseguiria beber muito daquela forma. 

Vodka pura é para russos, pensou.

Então, preparou seis caipirinhas. Colocou-as lado a lado. 

Como um alcoólatra, começou a beber uma atrás da outra.

Já no fim da segunda, começou a sentir-se leve. Tudo acompanhado de muitos risos, é claro.

- Amanhã vou me lembrar de tudo - disse em voz alta para si mesma.

No final da terceira, sentia-se confusa. Estava entrando no estágio da embriaguez.

No entanto, Marina estava firme no seu propósito. Iria beber até ficar podre. 

Bebeu a quarta, a quinta e, enfim, a sexta, o suficiente para que ficasse completamente transtornada.

Ao mesmo tempo em que ria descontroladamente, chorava de soluçar.  

Agora, aos gritos, continuava a dizer: - Amanhã vou me lembrar de tudo! Tudinho!

Durante o tempo que ficou em estado de transtorno completo, fez coisas inacreditáveis. 

Em resumo, jogou baldes de água nos pedestres, vomitou na sacada do andar de baixo, chamou seu vizinho de porta de panaca e quase saiu no braço com a síndica do prédio. Um total disparate.

Até que se levantou para preparar mais uma caipira e caiu com tudo perto do sofá, local em que ficou até o outro dia pela manhã.

Só foi acordada pelo ressoar ininterrupto do telefone.

- Alô - disse Marina com a voz grave e arrastada.

- Oi, Marina. Sou eu, a Cláudia - disse a voz do outro lado. - Está tudo bem?

- Está, sim.

- E então... Como foi?

- Como foi o quê? - perguntou Marina, antes de limpar seu rosto coberto de baba.

- O porre? Você não ia beber todas ontem?

- Ah! Claro, o porre...

- Como foi? Lembra de alguma coisa?

- Não lembro de nada.

- Não lembra mesmo? - insistiu a amiga.

- Na dúvida, prefiro não lembrar - respondeu Marina. - Prefiro não lembrar...