quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cuidado com a tecla "Enter"



Foto: guiadopc.com.br


Às vezes, fico assustado com o comportamento de algumas pessoas. Digo isso porque é notório o crescente número de seres humanos desprovidos de bom senso no universo digital.

Escrever bobagens em redes sociais está virando praticamente um esporte nacional.

Embora sejamos livres para expressar toda e qualquer opinião, precisamos ter cautela sobre alguns assuntos. 

Outro dia mesmo vi pessoas fazendo comentários preconceituosos no twitter.

Não vou nem entrar no mérito do referido comportamento, porquanto todos sabemos que qualquer forma de discriminação é errada. A questão é que devemos ter cuidado com aquilo que opinamos/escrevemos.

Redes sociais chamam-se assim justamente porque existe comunicação com outras pessoas. Pasmem, mas (às vezes) as pessoas leem aquilo que escrevemos.

Não precisamos escrever apenas coisas politicamente corretas. No entanto, não podemos extrapolar as barreiras do bom senso. E, acima de tudo, discriminar determinada parcela da sociedade, seja ela pequena ou não.

Ao expressar sua opinião sobre determinado assunto, você tem que ter em mente que todo ato possui uma consequência. Um resultado.

Foi-se o tempo que internet era considerada "terra sem lei".

Ademais, se você não tem o costume de xingar essa ou aquela pessoa na "vida real", por que o faria no mundo virtual?

Ser corajoso quando se está sentado atrás de um computador é muito mais fácil. Talvez seja esta a explicação para tantos desaforados digitais.

Pense um pouco antes de proferir tantos impropérios com o mundo de testemunha. Afinal, aquilo que você fala e escreve define quem você realmente é, quer queira ou não.

Na dúvida, respire fundo antes de apertar a tecla Enter.

Respire bem fundo...  

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Novo layout


Os leitores assíduos deste blog talvez já tenham percebido que vez ou outra faço mudanças no layout do SegundaDose.com

Estou sempre em busca de um visual mais interessante...

Como não entendo nada desses programas específicos, acabei fazendo o novo layout deste blog no Paint mesmo.

Coisa de amador, claro...

No entanto, gostei bastante do resultado. Ficou bem perto daquilo que imaginava.

Espero que tenham gostado!

Aquele abraço.

sábado, 24 de setembro de 2011

Olhares que reprovam

Desconfiado de que sua namorada não lhe amava mais, Pedro resolveu testá-la.

Com o sangue frio de uma barata resistente a qualquer ataque nuclear, marcou uma festa em sua casa e armou um plano um tanto quanto maquiavélico.

Pediu para Raul, o cara mais boa pinta da turma, que tentasse conquistar Luana. Se ela cedesse aos encantos do amigo, confirmaria suas suspeitas.

Como não tinha tanta certeza da traição, Pedro achou melhor dar uma temperada na brincadeira. Assim, um pouco antes da festa, provocou uma briga infantil com Luana, sua namorada.

A festa começou por volta das 23h e todos os amigos do casal estavam presentes, inclusive Raul.

Devido à briga, Luana acabou excedendo-se um pouco no álcool. Queria provocar ciúmes em seu namorado.

Uma hora após o início da festividade, Pedro fez sinal para que Raul executasse o plano. Tudo, é claro, da forma mais discreta possível.

Raul (o boa pinta), no entanto, não agiu conforme combinado.

Com uma falta de ética singular, Raul contou para Luana o plano de seu namorado. Em seguida, conseguiu convencê-la de que a melhor saída seria aceitar um beijo seu.

Então, para surpresa de todos os convidados, Raul e Luana deram um beijo cinematográfico bem no meio da sala. O beijo fora tão intenso que acabaram caindo sobre o sofá em meio a muitas risadas.

Aparvalhado com a cena dantesca, Pedro não conseguiu fazer outra coisa senão ver sua namorada ser beijada na frente de todos os presentes.

Só não foi pior do que os olhares e perguntas dos amigos que não estavam entendendo absolutamente nada. 

Cerca de três horas depois, todos resolveram ir embora. Raul foi o que saiu com o maior sorriso no rosto. Parecia bastante satisfeito com a façanha nada amigável.

Antes de sair, contudo, Raul murmurou no ouvido de Pedro:

- Você tinha razão, meu amigo, ela não vale nada mesmo...

Pedro teve vontade de partir para cima do "amigo" como um lutador de UFC, mas conteve-se. Sabia que seu comportamento havia sido determinante para que sua namorada agisse daquela maneira.

No outro dia pela manhã, porém, viu-se em uma encruzilhada. Afinal, precisava tomar uma atitude drástica.

Surpreendentemente, Luana conseguiu demovê-lo da ideia de largá-la. Após algumas semanas, porém, acabaram rompendo definitivamente.

Pedro ainda amava sua namorada, era verdade, mas não teve como levar adiante o relacionamento.

Até hoje, os amigos de Pedro creditam o término do relacionamento à humilhante traição sofrida naquela fatídica festa.

Mas a verdade é que Pedro não aguentava mais os olhares reprovadores de seus amigos.

Ser traído por um amigo, sim. Trair os amigos, jamais.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Planeje-se


O que fazer quando as coisas dão errado? 

Algumas pessoas parecem esquecer que a vida é como um jogo de futebol. Por mais que o resultado seja previsível, jogo é sempre um jogo. 

Não podemos ter um único plano. Um esquema tático desprovido de saídas alternativas e estratégicas, até porque são "várias as variáves". 

Corrijam-me se estiver errado, mas penso que tudo que é realmente importante demanda certo planejamento. 

Logo, devemos gastar tempo com coisas importantes, com coisas que valham a pena. 

E se vamos planejar, por que não traçar uma rota alternativa? Um plano "B"? Quem sabe, um plano "C"?

Talvez seja um pensamento um tanto paradoxal, mas prever que algo possa dar errado pode ser justamente a única forma de afastar o erro. Antecipar as jogadas, seja no esporte ou na vida, é sempre uma boa opção.

A questão é saber lidar com as consequências de eventual erro e antever uma solução (também conhecido como "saída pela direita".)

Você não precisa ser aquele cara chato com uma agenda debaixo do braço, cuja vida está totalmente detalhada e programada. Acredito que espontaneidade seja uma qualidade tão importante quanto planejamento. 

Só precisamos encontrar o meio termo... 

Grande parte das pessoas não sabe como agir quando tudo dá errado, o suficiente para que aceitem suas vidas desabarem diante de seus próprios olhos ao primeiro sinal de erro. 

Planejamento, diferente do que se pensa, não vale apenas para as finanças. Se bem que, se as pessoas tivessem um mínimo de organização nesta área, metade de seus problemas estariam resolvidos. 

Trace estratégias para as mais variadas coisas, como conquistar a pessoa amada. Ou para ganhar aquele aumento no final do ano. 

Se você quer mesmo algo que realmente valha o esforço, a resposta é uma só: organize-se.

Esqueça o que os outros lhe dizem e pense em formas diferentes de alcançar o resultado dos sonhos. Até porque se você permanecer sentado em frente ao computador, sua vida continuará igual. 

Confesso que não premeditei este texto... No entanto, o teor dele me parece tão óbvio que dispensa maiores comentários. 

De qualquer forma, experimente traçar metas para sua vida. Organize-a, nem que seja só um pouco.

Afinal, um pouco de planejamento não faz mal a ninguém. Ou faz? 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra"

Hoje, 20 de setembro, comemora-se no Rio Grande do Sul o "Dia da Revolução Farroupilha".

Assim como já descrevi várias vezes meu amor pelo Estado de Santa Catarina, especificamente pela pacata Cidade de Lauro Muller (onde moro há 13 anos), não poderia deixar de prestar esta homenagem à minha terra natal.

Posso lhes assegurar que o Rio Grande do Sul é um Estado incrível, dotado de inúmeras e inigualáveis qualidades.

Sem dúvida, por tudo que já fez no passado, um dos mais importantes Estados deste país.

Assistam, abaixo, o belo Hino do Rio Grande do Sul:




"Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra".


Aquele abraço!

domingo, 18 de setembro de 2011

Assassino ético

Cansada da mesmice que pautava sua vida dia após dia, Júlia pensou em fazer algo diferente.


"Ju", como era conhecida pelas amigas, morava em um apartamento enorme. Dividia o 12º andar com apenas um vizinho, cujo nome sequer conhecia.
  
O vizinho havia se mudado há pouco menos de um mês. 


Então, na ânsia de mudar os ares, resolveu que iria convidá-lo para um  drinque. Para mais um, porquanto já havia bebido alguns naquela noite.


Titubeou um pouco antes de tocar a campainha, afinal sua convivência com ele limitava-se a eventuais sorrisos no elevador.


Contudo, como era um homem muito bonito, Júlia optou por arriscar.  

Blin-blon - soou a campainha.

- Oi - disse o vizinho assim que abriu a porta.

- Oi. Eu sou a Ju, sua vizinha.

- Eu sei - respondeu ele.

Júlia ficou intrigada. Quando percebeu, já havia deixado escapar a pergunta:

- Você sabe que sou sua vizinha ou que meu nome é Júlia?

- As duas coisas. 

A resposta foi o suficiente para que Júlia senti-se seu rosto corar. Não esperava por um galanteio tão rapidamente.

- Eu sei tudo ao seu respeito - disse-lhe o vizinho, sério.
  
Júlia sorriu novamente. Começou a achar interessante a brincadeira. Estava excitada.

Então, após alguns segundos de um silêncio quase constrangedor, disse ao vizinho:

- Gostei do seu jeito. Você deve ser um cara bem engraçado.

- Quem foi que disse que eu estou brincado? - perguntou ele. - Eu sei tudo ao seu respeito. 
T-U-D-I-N-H-O!

No começo, achava que seu vizinho fazia o tipo sarcástico. Mas a forma pausada como ele havia falado a palavra tudinho lhe deixou receosa. 

Na dúvida, achou melhor entrar na brincadeira.

- Qual a data do meu nascimento, sr. sabe tudo? - perguntou.

- 01/01/1980 - respondeu ele, prontamente.

Como seu vizinho acertara em cheio, colocou a mão sob o queixo e pôs-se a pensar em uma pergunta que ele jamais saberia a resposta.

- Qual o nome do meu primeiro namorado?

- André Floriano dos Anjos - respondeu. - Conhecido pelos amigos como "Dé" - completou.

A resposta havia sido tão certeira que Júlia não conseguiu disfarçar a cara de espanto, o suficiente para que arqueasse as duas sobrancelhas como um gato assustado.

Sua segunda reação foi racionalizar os fatos. Afinal, deveria haver um motivo para ele saber todas aquelas informações.

Resolveu, pois, fazer-lhe mais uma pergunta:

- Quero ver se você é bom mesmo... Qual a placa do meu carro? 

- MGT-2134. E está na hora de você pagar o IPVA...

Mais uma vez a resposta fora certeira. Certeira até demais. 

- Isso é alguma espécie de brincadeira? - perguntou ela.

- Não.

- Tem certeza? - insistiu.

- Claro que tenho.

- Como era mesmo seu nome? - perguntou Júlia.

- Eu não disse o meu nome - respondeu-lhe o vizinho.

Júlia voltou a arregalar os olhos pela terceira vez em menos de meia hora. Agora, temerosa.

Não estou entendendo qual é a desse cara, pensou. 

Queria voltar para seu apartamento, mas a curiosidade parecia falar mais alto. Assim, resolveu descobrir quem era o misterioso vizinho.

- Você trabalha no quê? - perguntou Júlia.

- Sou um matador de aluguel.

Um largo sorriso tomou conta do rosto de Júlia. Seu vizinho, no entanto, manteve-se sóbrio.  

- Você está de sacanagem, né? 

- Não - respondeu ele, ainda mais sério.

- Você está me assustando... Por favor, pare com isso.

O matador de aluguel respirou fundo. Em seguida, disse-lhe:

- Vou matá-la daqui a pouco.

Júlia sentiu sua perna tremer, bem como um descontrole invadir-lhe o corpo. Conteve as lágrimas o máximo de tempo possível.

- Por favor, não me mate! Eu.. Eu...

- Desculpe-me, mas preciso fazer isso... - ponderou o assassino.

O vizinho, então, puxou uma faca enorme e apunhalou Júlia no pescoço, o bastante para que seu sangue viscoso escorresse pelo corredor.

Quando o assassino estava pegando suas coisas para dar o fora do prédio, ouviu um murmúrio.

- Você ainda está viva? - perguntou a si mesmo em voz alta.

Percebeu que Júlia queria lhe dizer algo. Ele, então, aproximou seu ouvido da boca  ensanguentada de sua vítima.

- Quem te contratou? - indagou-lhe Júlia, sôfrega.

- Desculpe-me, mas não posso lhe responder essa pergunta.

- Por quê? - perguntou ela novamente, quase agonizante.

- Isso seria antiético - respondeu-lhe o assassino. - Muito antiético... 


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Café: o melhor amigo do homem

Foto: colunistas.ig.com.br

Quem foi que disse que o cachorro é o melhor amigo do homem? 

Com uma xícara de café em mãos, afirmo com plena convicção: já faz tempo que o café tomou o lugar do cão.

Funcionários públicos, estudantes, médicos e demais seres humanos hão de concordar comigo: café é o que há de melhor. Sobretudo nestes tempos modernos em que somos obrigados a dormir cada vez menos. 

Mostra-se uma verdadeira combinação explosiva de sabor, cheiro e cafeína. Este último elemento, aliás, é requisito indispensável para que o café cumpra seu papel social.

Convenhamos que pessoas que bebem café descafeinado não merecem ser levadas a sério, tal qual este texto. Beber café descafeinado é o mesmo que beber cerveja sem álcool, o que dispensa maiores comentários. 

O café, no entanto (contudo, porém, entretanto), não é uma unanimidade. Ou você o ama, ou o detesta. 

Obviamente, pertenço ao grupo dos apreciadores. Dos bebedores compulsivos. Daqueles que não conseguem viver sem várias doses diárias da tão aclamada cafeína. 

Seja pelo vício ou pela adoração, tenho a sensação de que meu cérebro só entra em pleno funcionamento na parte da manhã após uma generosa xícara. Após noites difíceis, no entanto, esta quantidade pode ser relativizada.

No meu caso específico, não pode ser qualquer café. Tem que ser PPP - Passado. Preto. Puro. 

Em outras palavras, nada de leite ou derivados. Lembrando, é claro, que "gosto é gosto". 

Só não me venha com esse papo de que nescafé é bom (nescafé = café de preguiçoso). Café de cafeteira, então... 

Gostos à parte, todos sabemos que o cafezinho é muito mais do que uma simples bebida. Isso porque seu papel não se resume a nos manter acordados ao longo da noite, embora esta seja a mais famosa de suas características. 

Na verdade, o café é uma espécie de fuga momentânea da realidade. Representa, em sua essência, o descansar, o relaxar, o desanuviar da mente.

Quando alguém diz a plenos pulmões "Vou tomar um café", quase posso enxergar a sensação de prazer proporcionada pela frase. É mágico, sublime, quase inalcançável.

É por esses e outros motivos que respeito quem toma café. Quem desfruta de seus prazeres.

De qualquer maneira, preciso encerrar o texto. Afinal, não posso deixar meu café esfriar. 

Glupt.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bastava-lhes os olhares

Foto: blogtorcida.com.br

A atração que envolvia Ernesto e Lúcia limitava-se a olhares.

Embora pertencessem à mesma roda de amigos, nunca conversavam. Parecia existir uma barreira invisível impedindo-os de trocar palavras.

Ambos eram solteiros, não havendo qualquer impedimento no caso de um eventual relacionamento. Absolutamente nada.

Ernesto, uma espécie de líder nato da turma de amigos, era um cara extrovertido e alegre. Não raro, o centro das atenções.

Contudo, bastava Lúcia se aproximar para que um silêncio agressivo lhe invadisse o corpo. Tudo o que queria era observá-la e esperar pela tão aguardada e quase frequente enigmática troca de olhares.

Lúcia não era tão extrovertida quanto seu observador. Preferia conversas paralelas a chamar a atenção em demasia dos demais membros do grupo.

Todos os amigos já haviam percebido o clima de envolvimento que se instaurara entre Ernesto e Lúcia, bem como pareciam divertir-se com a situação. Sem que o casal soubesse, procuravam sempre deixá-los sozinhos nos mais variados ambientes.

Eles, no entanto, não falavam nada quando juntos. Apenas limitavam-se a trocar olhares de forma silenciosa.

Não se tratava de uma troca de olhares velada, dita normal. Olhavam-se diretamente nos olhos, com voracidade, quase como em uma guerra fria. Faziam isso até mesmo quando estavam sentados bem próximos um ao outro.

Naquela sexta-feira em particular, os olhares estavam ainda mais penetrantes que o de costume. Devoravam-se com os olhos na frente de todos.

A tensão provocada pela incessante jogo de olhares era deveras densa. Quase palpável.

Quando os amigos resolveram deixá-los novamente sozinhos, mais uma vez com o intuito de tentar aproximá-los, Ernesto sentiu suas mãos suarem.

Sabia que não podia, para o bem de sua sanidade mental, manter-se calado diante do objeto do seu desejo em mais uma oportunidade.

Precisava agir antes que outro homem o fizesse.

Então, quebrando a regra implícita que ele mesmo havia ajudado a criar, Ernesto resolveu, enfim, puxar assunto com Lúcia.

Para surpresa dos amigos, que assistiam a tudo aparvalhados, a conversa não durou mais do que quinze minutos, tempo suficiente para saíssem desapontados um com o outro.

Frustração era o sentimento predominante.

Mais tarde, foram embora tristes com o desfecho da noite atípica. Algo lhes dizia que deveriam ter ficado somente nos olhares, como de costume.

No fim de semana seguinte, o grupo de amigos combinou que todos se encontrariam em um barzinho próximo à faculdade.

Porém, somente quando chegou ao bar Ernesto percebeu que seus amigos haviam armado mais uma das suas.

Lúcia, a dona do par de olhos mais incríveis que já havia visto, era a única amiga que lá estava. Mais ninguém.

Ernesto, então, puxou uma cadeira e sentou-se a mais ou menos três metros de Lúcia.

Levou pouco menos de dois segundos para que ambos trocassem olhares ainda mais intensos do que outrora. 

E assim, calados, permaneceram pelo restante da noite.

Entenderam, naquele instante, que palavras eram despiciendas. Desprovidas de qualquer sentido. 

Bastava-lhes os olhares. Nada mais.


sábado, 10 de setembro de 2011

Cachorros-quentes dizem muito sobre sua personalidade

Foto: noticias.r7.com

Costumo classificar as pessoas em categorias. Não sei por que o faço, mas confesso que acho isso engraçado.

Partindo desse princípio, existem dois tipos de pessoas: as que comem cachorro-quente de lado, devorando-o de uma extremidade à outra; e aquelas que comem de cima para baixo.

Acreditem ou não, a forma como você come um cachorro-quente diz muito sobre sua personalidade. 

Muito mais do que você imagina.

Certo dia, ao mencionar esta teoria pouco ortodoxa, perguntei a um colega de trabalho como ele comia o cachorro-quente. 

De cima para baixo ou de lado?

Como este colega é um dos seres humanos mais organizados que conheço, esperei ansioso por sua resposta. 

Talvez ele dissesse algo extremamente revelador. Sabe se lá...

Ele, então, disse-me que alterna entre mordidas horizontais e verticais, tudo, é claro, com o objetivo de não deixar cair milhos, ervilhas e quaisquer outros ingredientes inerentes à refeição.

Embora ele se enquadre em uma espécie de categoria mista, ainda sim a forma como ele come denuncia sua personalidade

Afinal, não podia esperar outra resposta de uma pessoa organizada ao extremo.

Um desleixado, por óbvio, come o cachorro-quente de qualquer jeito, sem se importar com os farelos. 

Percebam que está tudo interligado. O desleixado não se importa com os farelos porque não é ele quem limpa o chão. Se fosse, não seria desleixado, e assim sucessivamente.

O fato é que as pessoas escolhem comer um hot-dog desse ou daquele jeito por algum motivo específico. 

Nada é por acaso. Nada mesmo.  

E se prestar bastante atenção, perceberá que o jeito como você come é sempre o mesmo. Seja de lado ou de cima para baixo...

A pergunta é: por que você os come assim? Saberia explicar? 

Talvez você se surpreenda com a resposta. Ou não.