Quão decepcionante um bolo de ameixa pode ser?
Desesperado por um naco de chocolate, tudo que você tem em casa é um enorme pedaço de bolo de ameixa que você trouxe de uma festa de aniversário de um parente nem tão distante assim.
Mesmo estando ciente de que o recheio está repleto de ameixas e não de chocolate, diante da inequívoca semelhança você acaba dando uma bela garfada no bolo e espera seu paladar fazer o resto.
São precisos apenas dois segundos para que o gosto de ameixa se sobressaia e lembre-o de que você não gosta de bolos recheados com frutas (aliás, alguém gosta de bolos assim?).
Certo que algumas coisas - como os bolos de ameixas - costumam nos decepcionar. E, mesmo assim, parecemos dispostos a correr o risco inerente à decepção.
Tal possibilidade parece deixar tudo mais interessante. Até porque se todas as coisas fossem exatamente da maneira como imaginamos, qual seria a graça?
Não há como negar que o ser humano sempre gostou de correr um risco desnecessário, de modo que se sente bem na condição de eterno desconfiado.
O problema é quando a decepção vira realidade, porquanto a brincadeira perda a graça.
O problema é quando a decepção vira realidade, porquanto a brincadeira perda a graça.
Isso porque ameixas nunca serão chocolate. Jamais serão, como diria o Capitão Nascimento.
Ocorre que, se a vida é como um bolo, você é o confeiteiro - o responsável por escolher o sabor. Logo, pare de revirá-lo em busca de algo que você jamais encontrará.
Ocorre que, se a vida é como um bolo, você é o confeiteiro - o responsável por escolher o sabor. Logo, pare de revirá-lo em busca de algo que você jamais encontrará.
Então, faça um favor a si mesmo e esqueça as ameixas... Concentre-se no chocolate!
2 comentários:
Realmente, é do chocolate que gostamos, o amargo da fruta no doce do glace faz parecer bom, mas seria muito melhor tudo bem doce!
Metáforas talvez?
Hahaha, seus textos são ótimos, cara!
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