Às vezes, quando leio um texto genial, pergunto-me aonde eu estava com a cabeça quando criei este blog e saí por aí distribuindo meus pensamentos a esmo.
Não raro, sinto-me indigno de disseminar textos e, por que não, minha forma (implícita) de pensar.
Afinal, não estar à altura daqueles que admiramos é, sem rodeios, deveras broxante. Quase triste. Uma lástima.
Do que me adianta um português honesto sem textos inspiradores?
Queria ter nascido com a sorte daqueles que possuem o dom, e não ser um eterno esforçado.
Estar sempre em busca das palavras certas é extenuante, sobretudo quando o resultado costuma passar longe da intenção inicial que, inexoravelmente, é a perfeição: utópica por natureza.
Penso que os bons escritores repousam suas mãos sobre o teclado e deixam que estas façam o trabalho sujo, como se as ideias despejadas tivessem sido concebidas sem qualquer esforço.
Sejamos francos, escrever textos comuns, na melhor acepção desta palavra, é tarefa fácil. Nada que um pouco de repetição não resolva.
Mas quantos textos honestos são necessários para que alcancemos outro patamar?
Talvez muitos.
Talvez seja apenas perda de tempo.
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