Sinto saudade de quando meus olhos funcionavam a todo vapor sem qualquer auxílio artificial.
Da época em que não precisava de um par de lentes para fazer coisas simples como ler as legendas de um filme qualquer.
Ou de recostar a cabeça sobre o braço do sofá sem ter que me preocupar em entortar uma armação que praticamente se tornou uma extensão do meu corpo, do meu ser.
Tanto que alguns dias atrás acabei entrando debaixo do chuveiro ainda com as lentes em frente aos olhos.
Algo bizarro e, convenhamos, deveras engraçado.
Para falar a verdade, nem lembro mais de como era quando ainda tinha a visão perfeita, de quando achava que enxergava tal qual um falcão, e olha que não faz tanto tempo assim que comecei a usar óculos.
O pior de tudo é essa dependência dos óculos. Sem exagero, é o primeiro objeto que procuro logo que acordo e o último que dispo quando vou deitar.
É um tanto surreal depender de um utensílio criado exclusivamente para fazê-lo enxergar melhor.
Outra coisa ruim são as situações embaraçosas que nossos óculos nos colocam quando não os usamos.
Sempre que vou à academia, por exemplo, acabo confundindo as pessoas por não conseguir enxergar seus rostos a ponto de identificá-las.
Não raro, passo por mal educado, esquecido, mala, metido etc.
Confesso que não gosto dessas situações, mas as aceito com mais naturalidade do que há alguns anos atrás. É como se fosse um preço pequeno a pagar por voltar a enxergar a contento novamente.
No fim das contas, os óculos não são o inimigo, mas a salvação.
Mais um aliado nesta vida em que enxergar é preciso.
Um comentário:
Como vai meu amiguinho?
Excelente postagem!!!
Bjs
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