Basta Deus vir buscar alguém que conhecemos pela mão para lembrarmos da nossa iminente finitude.
Lembrarmos de que a vida não passa de uma passagem.
Quem nunca se colocou no lugar de alguém que deixou este plano prematuramente e se perguntou em silêncio "e se tivesse sido eu?"
É um tanto parodoxal o fato de que nós, seres surpreendentemente tão fortes, sejamos também tão fracos.
E essa fragilidade parece assustar a todos indiscriminadamente. Até porque, uma hora ou outra, será a sua vez de se sujeitar aos caprichos da morte, seja direta ou indiretamente.
Um colega de faculdade que perde um parente, uma amiga que perde o esposo, alguém que perde o pai... Até que, quando menos espera, "BUMMM", acontece com alguém próximo a você.
De repente, não é mais a vida desse alguém que vira de pernas para o ar, mas a sua própria. E será você quem estará no olho do furacão.
A morte me parece um aparelho de som no modo randômico, cuja escolha das vítimas, além de aleatória, sabe ser impiedosa.
E o pior é que, à medida que o tempo passa, a probabilidade de que algo aconteça com alguém próximo ou, quiçá, com você mesmo, só aumenta.
A vida, como costumam dizer, não passa de um sopro.
2 comentários:
Querido Kelvin,como vai vc?
Texto curto mas de uma intensidade plena, parabéns!
Suas indagações são válidas e devemos sim refletir em cada paragrafo.
Abraço fraterno
Nicinha
Parabens, Kelvin. Falar sobre a morte é sempre chocante, neh. Belas palavras. Um grande abraço.
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