quinta-feira, 4 de abril de 2013

Babacas S/A



Será que o babaca sabe que é babaca?

Essa, com certeza, se enquadra na série: dúvidas da humanidade.

A princípio, imaginava que não. Afinal, por que alguém seria babaca por livre e espontânea vontade?

Mas, pensando bem, acho que o negócio é um pouco diferente.

O babaca por natureza, se pararmos para refletir, deve saber de sua condição. Digo mais, deve dar de ombros para o fato de ser um babaca com b maiúsculo.

E é justamente essa ciência inequívoca que faz dele um babaca propriamente dito.

Até porque, se fosse uma pessoa legal, tentaria mudar sua condição. Certo?

Ocorre que é difícil alguém se dirigir a um desses babacas alertá-lo sobre o seu permanente estado de babaquice.  

Tanto que não me lembro de já ter visto alguém chegar perto de um deles e dizer algo do tipo:

- Ei, cara... Desculpe-me pela franqueza, mas você é muito babaca. Muito mesmo.

A solução mais apropriada, entendo, seria criarmos organizações não governamentais aptas para esse fim específico.

Tais organizações ficariam encarregadas de serviços básicos. O mais importante deles, a título exemplificativo, seria promover a notificação extrajudicial do babaca para modificar sua condição em um determinado prazo, sob pena de multa.

Entre outras coisas, como o SAB - Serviço de Atendimento ao Babaca.

Mas falando sério, sou eu que estou ficando ranzinza ou é quantidade de babacas que vem crescendo exponencialmente dia após dia?

Muito embora existam inúmeras pessoas legais, a verdade é que estamos rodeados de toda sorte de idiotas.

E quando os babacas se reproduzirem entre eles, o que vai acabar acontecendo dia menos dia, as coisas vão ficar ainda mais complicadas.   

Temo pelas gerações futuras.

E só me restar torcer para que não nos tornemos uma geração exclusiva de babacas de todo gênero.

Se é que já não nos tornamos...

"To cansado de tanta babaquice, tanta caretice, desta eterna falta do que falar" (CAZUZA).