Será que o babaca sabe que é babaca?
Essa, com certeza, se enquadra na série: dúvidas da humanidade.
A princípio, imaginava que não. Afinal, por que alguém seria babaca por livre e espontânea vontade?
Mas, pensando bem, acho que o negócio é um pouco diferente.
O babaca por natureza, se pararmos para refletir, deve saber de sua condição. Digo mais, deve dar de ombros para o fato de ser um babaca com b maiúsculo.
E é justamente essa ciência inequívoca que faz dele um babaca propriamente dito.
Até porque, se fosse uma pessoa legal, tentaria mudar sua condição. Certo?
Ocorre que é difícil alguém se dirigir a um desses babacas alertá-lo sobre o seu permanente estado de babaquice.
Tanto que não me lembro de já ter visto alguém chegar perto de um deles e dizer algo do tipo:
- Ei, cara... Desculpe-me pela franqueza, mas você é muito babaca. Muito mesmo.
A solução mais apropriada, entendo, seria criarmos organizações não governamentais aptas para esse fim específico.
Tais organizações ficariam encarregadas de serviços básicos. O mais importante deles, a título exemplificativo, seria promover a notificação extrajudicial do babaca para modificar sua condição em um determinado prazo, sob pena de multa.
Entre outras coisas, como o SAB - Serviço de Atendimento ao Babaca.
Mas falando sério, sou eu que estou ficando ranzinza ou é quantidade de babacas que vem crescendo exponencialmente dia após dia?
Muito embora existam inúmeras pessoas legais, a verdade é que estamos rodeados de toda sorte de idiotas.
E quando os babacas se reproduzirem entre eles, o que vai acabar acontecendo dia menos dia, as coisas vão ficar ainda mais complicadas.
Temo pelas gerações futuras.
E só me restar torcer para que não nos tornemos uma geração exclusiva de babacas de todo gênero.
Se é que já não nos tornamos...
"To cansado de tanta babaquice, tanta caretice, desta eterna falta do que falar" (CAZUZA).
Um comentário:
Olha, acho que se os babacas se reproduzirem com os da mesma espécie, isso deve vir para o bem. Geralmente, uma geração é o oposto da outra. Vai que o infante, cansado de tanta babaquice, não queira ser um babaca júnior... ainda há esperança.
Postar um comentário