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Sempre que ia a um bar ou mesmo a um restaurante, John procurava encontrar com os olhos a mulher mais bonita do recinto.
Aquela que "parava" o bar com o simples ar de sua graça.
Em todo local que ia, por óbvio, sempre havia uma mulher assim. Uma mulher de beleza sem igual que se dissociava com maestria das demais.
E toda vez que encontrava tal mulher, invariavelmente, olhava para o namorado da mesma e pensava: "Esse, com certeza, é um cara feliz".
Não se tratava bem de inveja, mas de uma espécie de admiração por alguém ter logrado êxito em conquistar uma mulher com tamanha beleza, algo que nunca havia acontecido com John, diga-se de passagem.
John sabia que beleza externa nem sempre vem acompanhada da interna. Mesmo assim, quase que com uma licença poética, autorizava-se a presumir que a mulher mais bela do recinto, fisicamente falando, também o era por dentro.
Mesmo porque, até então, tratavam-se de meras conjecturas. Nada mais do que isso.
Ocorre que John começou a namorar uma mulher absurdamente linda.
Sabe aquele tipo de mulher que você olha e se pergunta: será que essa mulher existe mesmo?
Resumindo: a mulher era um afronte de tão linda.
Na primeira vez que saíram, então, John resolveu levá-la a um barzinho.
Estava "tudo muito bom, tudo muito bem", como era de se esperar.
Certa altura da noite, contudo, John resolveu ir ao banheiro, cuja fila lhe fez aguardar por uns minutos.
E foi só quando se virou, e viu sua namorada sentada, rodeada por uma espécie de nuvem cósmica de beleza sem igual, que John percebeu o que estava acontecendo.
Enfim havia chegado o seu momento. Era era ele quem, finalmente, tinha a namorada mais bela.
O cara a ser invejado por todos os mortais inseridos naquele mesmo contexto.
Então, ainda na fila do banheiro, disse para si mesmo em voz alta: - Estou muito feliz! Mas muito feliz!
- Feliz mesmo deve ser o namorado daquela mulher ali - retrucou o homem que estava ao seu lado na fila, apontando para namorada de John.
John, por sua vez, com toda calma do mundo, abriu um sorriso tão largo quanto o Rio Amazonas e, de bate-pronto, disparou:
- Você não faz ideia, meu amigo. Você não faz ideia...
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