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E, como já desconfiava, não é mais tão fácil achar amigos para sair.
Em resumo: uns estão namorando, uns casados e outros já têm filhos.
Nada anormal, apenas o ciclo da vida se repetindo incessantemente.
Então, não demorei muito a concluir que teria que sair sozinho mesmo (nem sempre, claro).
Da série: foda-se!
Ou: "E por que não?", como diria a banda "Bidê ou Balde".
A primeira vez foi estranha, confesso. Mas, depois, foi que foi.
Até porque, tudo nessa vida é questão de costume. Quem leu o "Ensaio sobre a cegueira" sabe do que estou falando.
É uma droga sair sozinho? Sim, é uma droga! (risos)
Mas confesso que tem seu charme sair acompanhado de si mesmo, especialmente se há um chope gelado envolvido.
Embriagar-se sozinho te deixa relativamente mais reflexivo. Mais... mais... mais...
Porém, causa uma gama de reações adversas nas pessoas.
Na maioria, imagino que uma reação "negativa" e equivocada. Algo do tipo: "coitado, está saindo sozinho...".
Mas tenho certeza que, pelo menos uma pessoa entre cem (mais risos), deve pensar o seguinte: "nossa, esse cara deve ser foda... gostaria de ter essa auto-suficiência...".
Definitivamente, a Sociedade não está preparada para lidar com isso (pessoas que saem sozinhas, caso não tenha sido claro).
No mínimo, é uma experiência diferente.
Uma "aventura monótona" talvez seja a expressão mais adequada, se é que isso faz algum sentido.
Mas talvez você que está aí do outro lado da tela me pergunte: se é tão legal sair sozinho, por que estou escrevendo este texto enquanto saio sozinho?
[sim, estou escrevendo este texto enquanto estou "saindo" sozinho]
Respondo: porque interagir é da nossa natureza.
Como diria Alexander Supertramp, do filme Into the wild, "A felicidade só é real quando compartilhada".
No caso, nem que seja em uma rede social mesmo.
Era isso. Fim.
3 comentários:
Oooo mestre, tens um fã, nesse tuas história... Abraço
Concordo com cada palavra. Saí muitas vezes sozinho também e foi muito bom! Abraços ao amigo.
Rodrigo.
Haha....quem diria que compactuo dessa ideia, um mundo estranho, mas que nos ensina redescobrir a si mesmo.
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