- A condição é uma só... - disse Márcia, após alguns segundos de silêncio que mais pareceram décadas.
Em seguida, continuou: - Eu só vou me envolver amorosamente com você se prometer não contar nada a ninguém. Ninguém!!! Ouviu?
- Trato feito! - decretou Marcelo, rapidamente, com uma certeza de dar inveja aos librianos de plantão.
Agora mais sisuda, Márcia disparou: - Se eu suspeitar que alguém sabe sobre a gente, eu nunca mais encosto um dedo em você. Nunca mais. Estamos entendidos?
- Ninguém ficará sabendo de absolutamente nada. Juro pela alma de meus ancestrais.
- Ok - assentiu ela, agora já acompanhada de um sorriso malicioso.
Márcia não disse mais nada. Apenas levantou-se, largou a já cansada taça de vinho e soltou as alças do vestido rodado que envolvia seu corpo.
Seu corpo, como Marcelo suspeitava, era de uma beleza surreal.
Parecia ter sido esculpido a mão por um artista renascentista.
Praticamente o molde da mulher ideal.
Marcelo, que assistia a tudo incrédulo, engoliu em seco.
Tesão, nervosismo, euforia, ansiedade, paixão: uma gama de sentimentos rasgava-lhe o peito sem qualquer compaixão.
A mulher que desejou por anos a fio, e por quem nutria uma paixão avassaladora, ainda que platônica, estava de pé, em sua sala, completamente nua.
Aparentemente, havia chegado, enfim, os tão aguardados dias de glória.
Obrigado, senhor! - disse Marcelo a si mesmo, baixinho, antes de partir para o ataque.
CONTINUA...
Aparentemente, havia chegado, enfim, os tão aguardados dias de glória.
Obrigado, senhor! - disse Marcelo a si mesmo, baixinho, antes de partir para o ataque.
CONTINUA...
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