De fato, após o envio daquele "meme" para lá de aleatório, as coisas mudaram radicalmente.
Nem parecia que haviam ficado quase dois meses sem trocar uma única palavra.
Além do que, com o início da "era p.M." (pós-meme), a conversa ganhou outro tom.
Não era mais aquela coisa espaçada, sem sal.
De repente, a ausência de verticalidade de outrora passava longe.
Então, quando se deram por conta, estavam conversando dia e noite, noite e dia, horas e horas a fio.
Falavam sobre todo e qualquer assunto que viesse à tona.
Não parecia haver pauta desinteressante.
Na verdade, o assunto era o que menos importava. A ideia era se aproximarem cada vez mais e mais, ainda que virtualmente.
A sintonia, portanto, era mais do que fina.
Pedro, desta vez nitidamente mais confiante, resolveu partir para o tudo ou nada.
Não aguentava mais aquela teoria toda.
Então, após descobrir o endereço de Paula, enviou-lhe a dupla simultaneamente mais infalível e clichê de todas: flores e chocolate.
Além disso, mandou um cartão com os seguintes dizeres:
"Mesmo a distância, já lhe conheço o suficiente para saber que você é especial. Aquele tipo de mulher que merece nada menos que o melhor. Quem sabe eu possa lhe proporcionar isso..."
Foi o suficiente para Paula derreter igual manteiga na chapa.
O cartão enviado por Pedro, por mais singelo que fosse, havia destruído suas defesas mais intransponíveis.
A essa altura, Pedro tinha certeza de que aquela mulher seria sua.
E que o tão aguardado primeiro encontro, enfim, estava prestes a sair do plano teórico.
CONTINUA...
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