Pedro, enfim, estava saindo de casa com o objetivo específico de encontrar Paula pela primeira vez.
O fato de terem se passado meses desde a primeira interação só aumentava a expectativa.
Ocorre que, embora gostasse muito do jeito de Paula na seara virtual, estava mesmo receoso em encontrá-la.
Sabia que, pessoalmente, as coisas poderiam ser bem diferentes.
Nada se compara a uma inspeção in loco, como gostam de dizer os operadores do direito.
De todo modo, seria uma decepção e tanto se ela não correspondesse às suas expectativas, que, a essa altura do campeonato, beiravam a estratosfera.
Com uma pontualidade de dar inveja a um britânico, então, chegou na residência de Paula exatamente no horário combinado, mais precisamente, oito e meia da noite.
Paula, não menos pontual, foi ao seu encontro.
Enquanto se deslocava até o carro, Pedro pôs-se a observá-la.
E os poucos segundos que ela levou para chegar até o veículo foram o suficiente para que fizesse uma análise corporal bem detalhada.
Pedro gostou muito do que viu.
A beleza de Paula, definitivamente, não se limitava às redes sociais.
A mulher era mesmo linda.
Além do que, era exatamente do jeitinho que ele gostava.
E - X - A - T - A - M - E - N - T - E!
Sorrindo, então, deram um abraço claramente carinhoso.
Bom começo, pensou Pedro.
Ato contínuo, enquanto conversavam, deslocaram-se até Nova Veneza.
Lá chegando, após estacionarem o carro na praça central, de pronto, na tentativa de quebrar o gelo, deram início aos trabalhos etílicos.
Antes de sangrar a primeira lata de cerveja, contudo, Paula achou por bem abrir seu "kit pandemia" e banhá-la com álcool 70%.
Por mais que o interesse tivesse se dado no período pandêmico, por óbvio, não queria entrar para o clube dos infectados.
Foi o suficiente para rirem um bocado.
De fato, o primeiro encontro, tal como haviam imaginado, estava sendo bem peculiar.
E isso era só o começo.
CONTINUA...
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