sábado, 6 de junho de 2020

Paixão pandêmica - Capítulo 8

Pedro, enfim, estava saindo de casa com o objetivo específico de encontrar Paula pela primeira vez.

O fato de terem se passado meses desde a primeira interação só aumentava a expectativa.

Ocorre que, embora gostasse muito do jeito de Paula na seara virtual, estava mesmo receoso em encontrá-la.

Sabia que, pessoalmente, as coisas poderiam ser bem diferentes.

Nada se compara a uma inspeção in loco, como gostam de dizer os operadores do direito.

De todo modo, seria uma decepção e tanto se ela não correspondesse às suas expectativas, que, a essa altura do campeonato, beiravam a estratosfera

Com uma pontualidade de dar inveja a um britânico, então, chegou na residência de Paula exatamente no horário combinado, mais precisamente, oito e meia da noite.

Paula, não menos pontual, foi ao seu encontro.

Enquanto se deslocava até o carro, Pedro pôs-se a observá-la.

E os poucos segundos que ela levou para chegar até o veículo foram o suficiente para que fizesse uma análise corporal bem detalhada.

Pedro gostou muito do que viu. 

A beleza de Paula, definitivamente, não se limitava às redes sociais.

A mulher era mesmo linda.

Além do que, era exatamente do jeitinho que ele gostava.

E - X - A - T - A - M - E - N - T - E! 

Sorrindo, então, deram um abraço claramente carinhoso. 

Bom começo, pensou Pedro.

Ato contínuo, enquanto conversavam, deslocaram-se até Nova Veneza

Lá chegando, após estacionarem o carro na praça central, de pronto, na tentativa de quebrar o gelo, deram início aos trabalhos etílicos.

Antes de sangrar a primeira lata de cerveja, contudo, Paula achou por bem abrir seu "kit pandemia" e banhá-la com álcool 70%.

Por mais que o interesse tivesse se dado no período pandêmico, por óbvio, não queria entrar para o clube dos infectados.

Foi o suficiente para rirem um bocado.

De fato, o primeiro encontro, tal como haviam imaginado, estava sendo bem peculiar.

E isso era só o começo.

CONTINUA...

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